A
primeira vez que ouvi falar de Paulo Freire foi na universidade, num curso
chamado “A Escola no Mundo contemporâneo”, da Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas (FFLCH – USP).
Sempre que a professora citava frases e textos do Paulo Freire, quase todos os
estudantes exaltavam profunda alegria, como se tivessem chegado a um orgasmo.
Confesso que, a princípio, era bastante leigo no assunto e, por esse motivo,
pensei que Paulo Freire realmente era um educador de respeito. Somente no
decorrer do curso, depois da turma ter visitado duas escolas do MST junto com a
professora, que comecei a desconfiar dessas “teorias lindas” que foram
apresentadas lá no curso. É necessário estudar nossos inimigos e, por essa
razão, li A Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire e pretendo, através deste
artigo, desmascarar esse charlatão e alertar o leitor sensato do mal que seu
método faz em qualquer lugar que é aplicado.
Logo
no início do livro “A Pedagogia do Oprimido”, Freire fala da necessidade de
“conscientizar” as pessoas, colocando na cabeça de cada uma delas que elas são
oprimidas e que, por essa razão, precisam ter a “consciência crítica” para “se
libertarem” da opressão e de seus opressores. A princípio, isso é realmente
lindo! Mas, não vou fazer como muitos professores de universidades fazem e parar
por aqui. Vamos seguir adiante e ir até o final.
Nas
Primeiras Palavras do livro, Freire relata que, durante seus cursos, muitos
participantes o questionavam, alegando que essa tal “consciência crítica” era
anárquica e que ela poderá conduzir à desordem. Segundo Freire, quem fazia isso
demonstrava ter “medo da liberdade”. Ainda nesta parte introdutória do livro,
ele afirma que seu ensaio poderá provocar “reações sectárias” num grupo de
pessoas que ele rotula de “reacionários”. Assim, Paulo Freire, logo no início,
já solta a primeira pérola de seu livro, escrevendo que seu trabalho foi feito
apenas para “homens radicais” e, entre esses homens, estão os marxistas. Ainda
se referindo aos seus leitores marxistas, ele escreve que “Na medida, porém, em que, sectariamente, assumam
posições fechadas, “irracionais”, rechaçarão o diálogo que pretendemos
estabelecer através deste livro”.
Ainda
nesta introdução, vale a pena destacar algumas partes que irei analisar
posteriormente:
“O sectário, por sua vez, qualquer que seja a
opção de onde parta na sua “irracionalidade” que o cega, não percebe ou não pode
perceber a dinâmica da realidade ou a percebe
equivocadamente.
Até quando se pensa dialético, a sua é uma
“dialética domesticada”.
Esta é a razão, por exemplo, por que o sectário
de direita que, no nosso ensaio anterior, chamamos de “sectário de nascença”,
pretende frear o processo, “domesticar o tempo” e, assim, os homens. Esta é a
razão também porque o homem de esquerda, ao sectarizar-se, se equivoca
totalmente na sua interpretação “dialética” da realidade, da história,
deixando-se cair em posições fundamentalmente
fatalistas.”
Ou
seja, Paulo Freire é um ser “iluminado” que, arrogantemente, rotula todos
aqueles que não concordam com sua pedagogia de “sectários irracionais” ,
incluindo esquerdistas que, por ventura, possam discordar de seu “ensaio
iluminado”, e afirma que os “sectários” são alienados e que, por essa razão, não
podem interpretar a realidade ou a história. Logo adiante, ele diz que somente
algum “radical” pode “libertar” o homem da opressão.
No
final desta introdução, ele escreve que:
“O radical, comprometido com a libertação dos
homens, não se deixa prender em “círculos de segurança”, nos quais aprisione
também a realidade. Tão mais radical, quanto mais se inscreve nesta realidade
para, conhecendo-a melhor, melhor poder
transformá-la.”. Além disso, finaliza com a seguinte
mensagem:
“Se a sectarização, como afirmamos, é o próprio do
reacionário, a radicalização é o próprio do revolucionário. Daí que a pedagogia
do oprimido, que implica numa tarefa radical, cujas linhas introdutórias
pretendemos apresentar neste ensaio e a própria leitura deste texto não possam
ser realizadas por sectários”.
Paulo
Freire quer “libertar” os oprimidos, mas, nesse trecho, ele fala que apenas quem
concorda com ele poderá ler seu livro. Ninguém pode criticar seu ensaio! No
final, apenas Freire e seus seguidores, que o tratam como um ser divino, serão
doutrinados… Ops! Quero dizer, “libertados”…
É
interessante fazer um parêntese importante aqui para salientar que, na história
da humanidade, cada vez que um louco surgiu fazendo discursos semelhantes ao do
Freire, alegando que desejava “libertar” seu povo da opressão e “transformar a
realidade”, milhões de inocentes pagaram com suas vidas e seus sangues foram
derramados em nome de tais “libertações”… Lênin, Stalin, Hitler, Mao e Fidel
Castro que o digam!
Freire
demonstra, aparentemente, estar preocupado com a liberdade dos oprimidos, mas
solta mais pérolas no seu ensaio, citando várias vezes, com admiração, Karl Marx
e Friedrich Engels, que são considerados os pais do comunismo. A história nos
ensinou que liberdade e comunismo não combinam, pois são coisas incompatíveis.
Mesmo assim, de maneira muito cínica, Freire ignora esse fato e continua sua
novela marxista, frisando que os oprimidos devem superar seus medos e “se
libertarem” da opressão, mas sem se transformarem em novos opressores. É o mesmo
clichê marxista que os ditadores socialistas, inimigos da liberdade, usaram no
decorrer da história, para fazer exatamente o oposto do que eles prometeram e
sufocar as liberdades individuais dos indivíduos. Se realmente quisesse criar um
ensaio para libertar os oprimidos, rumo à liberdade, então não deveria adicionar
Marx e Engels como um dos ingredientes principais de seu livro. Freire ignora
tudo isso, demonstrando não compreender a história. Talvez se ele fosse um
“sectário”, compreenderia melhor a história…
Freire
insiste que os oprimidos devem se conscientizar que são oprimidos e, para ele, a
única maneira deles conquistarem a liberdade é através da revolução (oh, quanta
originalidade!), sendo necessário haver prática, e não apenas teoria. Segundo
Freire, um empregado que trabalhava na zona rural e que, posteriormente, passa a
ser dono de terras, tornando-se assim o patrão de novos empregados, não
conquistou nada, pois ele passou a ser o novo opressor. Ele só será “libertado”
se fizer, junto com outros, a tal revolução. Que raciocínio estúpido! Sua
argumentação não passa de uma verdadeira armadilha, um círculo vicioso que,
infelizmente, engana muitos universitários por aí.
No
livro, Paulo Freire critica o que ele chama de “educação bancária”. A educação
bancária, segundo ele, é aquela cujo educador é um mero narrador que apenas
“deposita” conteúdos para os alunos, deixando de lado a tão desejada
“conscientização” da realidade opressora que o aluno supostamente sofre. Ensinar
gramática, matemática ou qualquer outra disciplina é algo que Freire considera
ser inútil, pois apenas aliena os educandos e não “liberta” eles da opressão. No
próprio livro ele escreve que ensinar quanto é quatro vezes quatro para os
alunos é algo vazio, alienador e que mantém os opressores no poder. A educação,
para ele, não deve ser bancária, e sim “libertadora”.
De
fato, Paulo Freire fez um excelente trabalho escrevendo porcarias como “A
Pedagogia do Oprimido” que, posteriormente, influenciaram, e continuam
influenciando, muitos “educadores” e “professores” no Brasil inteiro, que quando
entram nas salas de aulas, se preocupam mais em transformar seus alunos em
“vítimas sociais” do que com qualquer outra coisa. Os resultados disso, que são
consequências das aplicações desses modelos freireanos e socioconstrutivistas
nas escolas e universidades, são as piores colocações nos ranks internacionais
referentes à educação. Eu poderia citar vários aqui, mas não vou. No meu último
artigo escrevi sobre os 53 mil candidatos do ENEM que zeraram suas redações.
Viva Paulo Freire, o patrono da educação brasileira!
Há
uma parte no livro que Freire relata que, em um de seus cursos, um operário
falou que “Talvez seja eu, entre os senhores, o único de
origem operária. Não posso dizer que haja entendido todas as palavras que foram
ditas aqui, mas uma coisa posso afirmar: cheguei a esse curso ingênuo e, ao
descobrir-me ingênuo, comecei a tornar-me crítico. Esta descoberta, contudo, nem
me faz fanático, nem me dá a sensação de desmoronamento”.
Para Freire, o ideal é: ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os
homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo. Ou seja, o professor não
deve manter sua autoridade, e sim ignorar os anos que ele passou estudando e
“aprender” e “construir” junto com seus alunos, observando o mundo. Resumindo:
burros éramos e burros ficamos.
As
técnicas que Freire inventou não foram aplicadas somente no Brasil, mas também
em Porto Rico, Guiné Bissau e outros lugares. O fato é que nenhum desses lugares
produziu redução das taxas de analfabetismo. Por acaso você conhece algum
cientista competente que foi alfabetizado pelo método Paulo Freire?
No
artigo “Viva Paulo Freire!”, do professor Olavo de Carvalho, há diversos
depoimentos de pessoas que trabalharam com Freire, desde colaboradores até
admiradores, e vale a pena ler esses depoimentos que seguem abaixo:
“Eis algumas das conclusões a
que chegaram, por experiência, os colaboradores e admiradores do sr.
Freire:
“Não há originalidade no que
ele diz, é a mesma conversa de sempre. Sua alternativa à perspectiva global é
retórica bolorenta. Ele é um teórico político e ideológico, não um
educador.” (John Egerton, “Searching for
Freire”,Saturday Review of Education,
Abril de 1973.)
“Ele deixa questões básicas
sem resposta. Não poderia a ‘conscientização’ ser um outro modo de anestesiar e
manipular as massas? Que novos controles sociais, fora os simples verbalismos,
serão usados para implementar sua política social? Como Freire concilia a sua
ideologia humanista e libertadora com a conclusão lógica da sua pedagogia, a
violência da mudança revolucionária?” (David M. Fetterman, “Review
of The Politics of Education”,American
Anthropologist, Março 1986.)
“[No livro de Freire] não
chegamos nem perto dos tais oprimidos. Quem são eles? A definição de Freire
parece ser ‘qualquer um que não seja um opressor’. Vagueza, redundâncias,
tautologias, repetições sem fim provocam o tédio, não a ação.” (Rozanne Knudson, Resenha
da Pedagogy of the Oppressed; Library
Journal, Abril, 1971.)
“A ‘conscientização’ é um
projeto de indivíduos de classe alta dirigido à população de classe baixa.
Somada a essa arrogância vem a irritação recorrente com ‘aquelas pessoas’ que
teimosamente recusam a salvação tão benevolentemente oferecida: ‘Como podem ser
tão cegas?’” (Peter L. Berger,Pyramids of
Sacrifice, Basic Books, 1974.)
“Alguns vêem a
‘conscientização’ quase como uma nova religião e Paulo Freire como o seu sumo
sacerdote. Outros a vêem como puro vazio e Paulo Freire como o principal saco de
vento.” (David Millwood,
“Conscientization and What It’s All About”, New Internationalist, Junho de
1974.)
“A Pedagogia do Oprimido não ajuda a entender
nem as revoluções nem a educação em geral.” (Wayne J. Urban, “Comments on Paulo
Freire”, comunicação apresentada à American
Educational Studies Association em Chicago, 23 de Fevereiro de
1972.)
“Sua aparente inabilidade de
dar um passo atrás e deixar o estudante vivenciar a intuição crítica nos seus
próprios termos reduziu Freire ao papel de um guru ideológico flutuando acima da
prática.” (Rolland G. Paulston, “Ways of
Seeing Education and Social Change in Latin America”, Latin American Research
Review.Vol. 27, No. 3,
1992.)
“Algumas pessoas que
trabalharam com Freire estão começando a compreender que os métodos dele tornam
possível ser crítico a respeito de tudo, menos desses métodos mesmos.” (Bruce O. Boston, “Paulo
Freire”, em Stanley Grabowski, ed., Paulo
Freire, Syracuse University Publications in Continuing Education,
1972.)
Outros julgamentos do mesmo
teor encontram-se na página de John Ohliger, um dos muitos devotos desiludidos
(http://www.bmartin.cc/dissent/documents/Facundo/Ohliger1.html#I).
Não há ali uma única crítica
assinada por direitista ou por pessoa alheia às práticas de Freire. Só
julgamentos de quem concedeu anos de vida a seguir os ensinamentos da criatura,
e viu com seus própios olhos que a pedagogia do oprimido não passava, no fim das
contas, de uma opressão da pedagogia.”
Neste
artigo apontei uma das principais causas do problema da educação brasileira ser
tão precária e miserável. Pretendo, em breve, fazer outro mostrando possíveis
soluções para corrigir e endireitar o Brasil. Finalizo este artigo afirmando que
Paulo Freire me libertou… Deste câncer chamado de Pedagogia do Oprimido. Mais
educação bancária e menos educação “libertadora”!
Fonte: http://olharatual.com.br/a-opressao-da-pedagogia-de-paulo-freire/
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