sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Casa com 18 m² é compacta, aconchegante e sustentável

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Quem disse que é preciso gastar fortunas para construir uma casa sustentável?

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A arquiteta americana Macy Miller provou que isso não passa de um mito.

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Natural de Idaho, nos Estados Unidos, Miller se inspirou no movimento Do It Yourself (Faça você mesmo) para conquistar seu espaço e fugir dos altos valores dos aluguéis.

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Para isso, a arquiteta criou um plano de construção e a partir de uma plataforma móvel de sete metros de comprimento e dois metros e meio de largura criou sua Tiny House, ou "pequena casa", em português.

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Supercompacta, a casa da arquiteta tem 18 metros quadrados.

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Mesmo pequena, a residência não deixa a desejar quando se fala em ambientes aconchegantes e eficientes.

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O design inteligente inclui madeiras recicladas, além de cozinha e banheiro funcionais.

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Ao todo, o processo de construção demorou um ano, já que a arquiteta fez tudo sozinha, contando apenas com ajudas pontuais do pai e do namorado.

 

http://lauropadilha.blogspot.com.br/2014/01/casa-com-18-m-e-compacta-aconchegante-e.html



quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Há CHEFES nos Pampas

Com pompa, circunstância, alegorias, plumas e paetês, foi exumado o que sobrou do ex-presidente parvo-comunista Jango Goulart.

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O defunto havia defuntado na frente de sua fiel companheira, devido a um ataque cardíaco fulminante. Ela mesmo declarou isso várias vezes.

No entanto, como ela poderia ter confundido infarto com envenenamento, tendo em vista a perfeita semelhança dos sintomas,decidiu-se exumá-lo.

Com a abissal incapacidade de fazer qualquer coisa que preste, o governo bolivariano brasileiro dedica-se agora à caça aos defuntos.

Freud explica: O grande timoneiro do bolivarianismo, Chávez, morreu recentemente (será?). Mas, uma morte comum não seria digna desse avatar de Bolívar.

Então, ele começou a morrer em Cuba, ficou morrendo por algum tempo, desmorreu e morreu de novo. Tiveram que embalsamá-lo e pô-lo a ferros em um ataúde

para que parasse com essas presepadas.

O senhor Chávez,comunista como Jorge Amado, era leitor assíduo dele. Elegeu Quincas Berro D´água como seu herói  e resolveu repetir aquelas façanhas.

Eis, porém que, mesmo embalsamado,no está muerto quién pelea, como já disse Martín Fierro. E, não podendo mais desfilar para baixo e para cima todo paramentado,

o caudilho assumiu a forma de um passarinho (da espécie “plumatusimbecilis”) e continua dando conselhos a seu sucessor, devidamente maduro para recebê-los.

Impressionados pela vivacidade do defunto Chávez e decepcionados com a inércia dos nossos, as atenções dos necrobolivarianos tupiniquins dirigiram-se primeiro a Juscelino,

que morreu em um acidente rodoviário. A idéia era exumar Juscelino, o motorista e o carro. Este último não pode ser encontrado e o projeto foi abortado.

Mas Jango não escapou. De acordo com palavras de seu filho, foi montada uma equipe internacional, com a presença de um legista da família.

Usaram os mais sofisticados procedimentos para a análise. E acharam provas! Não as que esperavam, mas a prova que esse governo que aí está

é a fauna mais retardada que já habitou o planalto central (talvez o próprio planeta, mas isso está fora de meu alcance afirmar).

O próprio Darwin reveria sua lei da evolução se tivesse conhecido esses espécimes.

Aconselho aos amigos que jamais corram o risco de dizer a um macaco que aquelas criaturas são descendentes dele.

Macacos são muito perigosos quando se enfurecem.

Restam perguntas melancólicas: Quanto custou isso tudo? E, com a inocência de um Arcanjo: Quem pagará a conta?

Mas quando a idiotice ultrapassa certos limites, dá oportunidade a que atitudes sensatas sejam tomadas: Na cerimônia de reenterro, um Chefe militar,

o General Carlos Bolivar Goellner soltou a voz que o Exército não ouvia há longo tempo.

Comandante Militar do Sul, enfrentou a tentativa de reescritura da história e negou qualquer erro histórico.

Regulamento embaixo do braço, mostrou que honras fúnebres são um preceito regulamentar, estão no regimento das Forças Armadas e que

o Comando do Exército é a autoridade competente para determiná-las. São prestadas ao cargo de Presidente. No caso, foram prestadas a um ex-presidente

perturbado em seu repouso pela imbecilidade da corte, e não à pessoa do Sr. Jango.

Deixou bem claro que as honras fúnebres não representavam um pedido de desculpas à família de Jango, pois o Exército não lhes deve desculpa alguma, muito pelo contrário.

E continuou: “Não há nenhum erro histórico. A história não comete erros. Não se deve fazer nenhuma ilação sobre isso”.

Foi extremamente feliz ao dizer que o evento é apenas um ato de serviço trivial para a tropa, como seria patrulhar o Morro do Alemão ou a ajuda a pessoas em estado de calamidade.

Nas Forças Armadas, a missão é dada por quem de direito e cumprida por quem a recebe. Simples assim.

“Não há nenhuma modificação para a instituição do Exército brasileiro. As instituições não mudam com a história.Podem mudar as pessoas, mas não houve qualquer modificação (na instituição), nenhuma”. Traduzindo: O Exército de hoje é o mesmo de ontem e de amanhã: O Exército de Caxias!

A pergunta mais capciosa foi sobre a decisão de exumar o presidente pré-bolivariano. E a resposta foi precisa, dando a César o que é de César:

“Isso não tem nada a ver conosco, não há nenhuma interferência ou posicionamento nosso. Cabe à família e às pessoas competentes determinarem esse ato.”

O PT se supera e exulta a cada vez que comete uma imbecilidade maior que a anterior. Essa foi um passo à frente. Tem a cara dele.

Seria uma injustiça negar-lhe os créditos por mais essa idiotice. E o General foi bastante criterioso nesse ponto.

Nós, do grupo Monte Castelo, uma das Chapas que concorrerão às eleições do Clube Militar em 2014, apresentamos armas ao General Carlos Bolivar Goellner.

Vemos nele o exemplo do Chefe de que o Exército se orgulha. Chefes que estão começando a se sensibilizar com o estado da Pátria, malbaratada pelos maus brasileiros de sempre.

Ouvindo essas verdades, a Sra. Maria do Rosário acusou o golpe e teve um chilique.

Mas nem leve isso em conta, meu General: um “intelectual” de meu tempo dizia sempre que os cães ladram, mas a caravana passa...

Fonte: Cel José Gobbo Ferreira - www.monte-castelo.org


Conjunto folheado com brincos e pingente em forma de flor c/ strass


segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Um lugar ao sol para a Vitamina D

Ela é fundamental tanto para a mulher grávida quanto para um atleta campeão olímpico. Sua escassez provoca imensos problemas de saúde, mas tê-la em excesso também. Serve ao bebé recém-nascido e ao idoso. É fundamental para o obeso e para o magro. Poucas substâncias servem tão completamente ao organismo quanto a vitamina D.

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A temporada dos corpos à mostra, com o verão e as férias, é o momento mais adequado para a compreensão do funcionamento da chamada vitamina do sol. Pode até chover hoje e amanhã, mas, dos 89 dias do verão brasileiro, 85 serão ensolarados em Natal, 81 em João Pessoa, 66 no Rio de Janeiro; 65, em Porto Alegre; 60, no Recife; 46, em Brasília; e 45, em São Paulo.

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Até 10 anos atrás, a vitamina D estava associada, sobretudo. à manutenção de um esqueleto forte. As descobertas mais recentes da medicina, no entanto, indi­cam que praticamente todos os tecidos e órgãos se beneficiam dela. "Direta ou indiretamente, a D está relacionada a pelo menos 2.000 genes, o que compro­va a sua vasta gama de benefícios ", dis­se a VEJA o endocrinologista america­no Michael Holick, professor da Universidade de Boston, grande pesqui­sador do assunto e autor do livro "Vita­mina D — Como um Tratamento Tão Simples Pode Reverter Doenças Tão Importantes ".

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A vitamina D faz o nosso coração bater no ritmo adequado e nossas artérias e veias pulsarem em compasso. É ela que nos garante força muscular e nos protege contra infecções, infartos e derrames, diabetes e alguns tipos de câncer. A falta dela desregula o sistema de fome e saciedade e nos faz engordar, e de morrer de vergonha de vestir o biquíni e o calção na praia.

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Chamar a D de "vitamina" é um equívoco de origem histórica. Isolada em 1922, a substância foi denominada vitamina porque, acreditava-se, só poderia ser obtida por intermédio da alimentação, em especial do óleo de fígado de bacalhau. As vitaminas são compostos essenciais à saúde, mas não podem ser sintetizadas pelo nosso organismo. Ela foi batizada de D porque era a 4ª substância do tipo a ser descoberta – depois das vitaminas A, B e C. A partir da década de 70, os pesquisadores, entre eles, Michael Holick, observaram que o corpo humano, ao contrário do que se supunha, poderia, sim, produzir vitamina D. Ou seja, a vitamina D não é uma "vitamina", mas um hormônio.

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Existem basicamente 3 formas de estimular o organismo a fabricar vitamina D. Sem sombra de dúvida (com o perdão do trocadilho), o sol é a principal delas. Uma pessoa de pele morena-clara, olhos e cabelos castanhos, como a atriz Débora Nascimento, precisaria de 10 a 15 minutos nas areias cariocas, entre 11 horas da manhã e 1 hora da tarde, 3 vezes por semana, sem protetor solar, para sintetizar a substância.

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Ao incidir sobre a camada mais superficial da pele, a epiderme, a radiação solar deflagra uma cascata de reações químicas que resulta na síntese da vitamina, em sua forma ativa, pelos rins. Dessa forma, a meia-vida da substância no corpo humano é de 4 a 6 semanas – o dobro da duração da que pode ser obtida com a suplementação feita por intermédio da dieta ou de cápsulas. “Como a vitamina D é solúvel na gordura, ela é armazenada no tecido adiposo e liberada mesmo durante o inverno, permitindo níveis suficientes da vitamina durante o ano todo ”, explica Michael Holick. O sol ideal para a substância é o mais abominado pelos dermatologistas – do meio-dia às 2 horas da tarde, sem proteção. Nesse período, predomina a incidência dos raios ultravioleta B (UVB), aqueles que, em excesso, nos deixam vermelhos como pimentão, e são o principal fator de risco para o câncer de pele.

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Dá-se, aí, um dilema monumental, um dos mais fascinantes da medicina atual. A partir da década de 80, começaram a surgir as primeiras associações entre os banhos de sol sem proteção e o aumento no risco de câncer de pele. Desde então, os dermatologistas preconizam que não se saia de casa sem besuntar o corpo (o rosto, principalmente) com filtro solar. O que fazer então diante das evidências de que, para a fabricação de uma substância tão crucial, como a vitamina D, é preciso, ainda que por pouco tempo, tomar sol sem protetor? Os médicos ainda não chegaram a um consenso, mas há pistas. “Não existem pesquisas sobre os perigos em longo prazo das curtas exposições ao sol para o câncer de pele ”, diz Adilson Costa, chefe do serviço de dermatologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

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Mas muitos dermatologistas preferem não arriscar e recomendam a seus pacientes o uso de suplementos à base de vitamina D, ou o prolongamento da exposição sem protetor nos períodos de sol mais fraco, como o início da manhã e o fim da tarde. Outros especialistas, no entanto, são menos conservadores. “Poucos minutos de sol intenso, seguidos de proteção solar adequada, não são suficientes para causar câncer de pele em longo prazo ”, afirma Omar Lupi, vice-presidente do Colégio Ibero-Latino-Americano de Dermatologia.

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Entretanto, todos são unânimes em afirmar que pessoas vítimas de câncer de pele ou com histórico familiar deste problema não devem se expor ao sol sem tomar os devidos cuidados. Dos tipos de câncer de pele, o sol está associado ao mais comum deles, com 25% dos 518.000 casos da doença no Brasil. Não se trata da versão mais letal dos tumores de pele, o melanoma. A radiação solar nada tem a ver com esse tipo de câncer. Ao que tudo indica, aliás, conforme os mais avançados estudos sobre o assunto, o sol pode até ser fator de proteção contra o melanoma.

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O protetor solar dos sonhos seria aquele que fosse capaz de nos proteger do sol e, ao mesmo tempo, permitir a produção pelo organismo da vitamina D. Mas t por enquanto, parece impossível aos especialistas. Afinal, o mesmo Raio UVB, que causa o câncer, é o que deflagra a síntese da vitamina. Então, como separar uma ação da outra? Os estudos mais avançados em termos de proteção solar investigam a fabricação de produtos compostos de nanopartículas, os filtros inteligentes. Ao penetrarem nas camadas mais profundas da pele, eles teriam ação prolongada e dispensariam a necessidade de reaplicar o protetor a cada 2 horas, e sempre depois do banho de mar ou da piscina.

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Apesar da fartura de sol no Brasil, a escassez de vitamina D na população é preocupante. “Cerca de 50% dos brasileiros com menos de 50 anos apresentam deficiência de vitamina D ", diz Marise Lazaretti, chefe do Grupo de Doenças Osteometabólicas da Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo. E entre os idosos, o contingente chega a 80%. Este é, em grande parte, o resultado de anos de medo da exposição solar. Também é necessário levar em conta que a vida urbana nos afasta do convívio com o sol. Vivemos trancados nos escritórios. presos no trânsito. As crianças ficam muito tempo diante da televisão e do computador. Nessas condições, em casos de deficiência, é necessário recorrer à suplementação com cápsulas de vitamina D. Não é possível garantir essas doses extras por meio da dieta. São poucas as fontes ricas em vitamina D, capazes de assegurar uma alimentação diária equilibrada. Para alcançar níveis suficientes, por exemplo, seriam necessário consumir diariamente 3 latas de sardinha, 2 postas generosas de salmão ou de 50 a 100 gemas de ovo!!! 

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2 tipos de vitamina D: o ergocalciferol (ou vitamina D2), de origem vegetal, e o colecal-ciferol (ou vitamina D3), encontrado nos animais, e que também é produzido pelos seres humanos. Os suplementos podem ser feitos a partir de qualquer uma destas fontes e são igualmente eficazes. No Canadá, onde em algumas regiões o inverno chega a durar 7 meses, por determinação do governo a indústria alimentícia produz leites e margarinas enriquecidos com vitamina D. Produtos desse tipo são comuns também nos EUA e na Europa. Mas no Brasil, aparecem timidamente nas gôndolas.

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Os médicos começaram a se preocupar com a falta de vitamina D no início da Revolução Industrial, em meados do século XVIII. À medida que as famílias trocavam o trabalho no campo pelas fábricas, afastavam-se da energia solar e começavam a ter mais problemas de saúde. Datam desse período os primeiros relatos médicos de raquitismo, problema ósseo decorrente da deficiência da vitamina, comum em crianças. A doença não só retardava o crescimento como deixava suas vítimas mais suscetíveis a infecções, como a tuberculose. O raquitismo atingiu proporções epidêmicas na Europa, e em alguns estados americanos do norte. De cada 100 crianças que moravam em regiões industrializadas, 80 sofriam da doença. No início do século XX o banho de sol era prescrito pelos pediatras tal qual um remédio. Quase 2 séculos depois, a medicina volta a eleger a vitamina D como um dos mais potentes aliados da boa saúde. Uma das frentes mais interessantes das pesquisas é aquela que investiga o papel da substância na prevenção de vários tipos de câncer – mama, intestino, próstata e ovário, entre outros. A vitamina D funciona como uma espécie de sentinela da multiplicação celular. No caso de proliferação exagerada das células, ela induziria à apoptose – um mecanismo de defesa no qual células potencialmente malignas “cometem suicídio”. Graças a esse poder da vitamina D, especialistas sugerem que os "banhos de sol controlados" poderiam prevenir, só nos Estados Unidos, 185.000 novos casos de câncer todos os anos.

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Cuidados diferentes para cada tipo de pele

O tempo de exposição solar necessária para a síntese de vitamina D pelo organismo é determinado a partir do cruzamento de uma série de situações: a estação do ano, o tipo de pele, a localização geográfica e o horário do dia. Com base nas escalas desenvolvidas pelo pesquisador americano Michael Holick, a revista VEJA desenvolveu um sistema para determinar a atenção que cada pessoa deve ter ao se expor ao sol durante o verão, conforme a região em que ela se encontra, abaixo ou acima do Trópico de Capricórnio. No primeiro grupo, estão o sul e a região metropolitana de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o extremo sul de Mato Grosso do Sul. No segundo, estão todas as outras regiões do Brasil.

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Cuidados precoces

Durante as férias, o tempo que a garotada fica sob o sol costuma aumentar. Mas atenção que seja na praia, na piscina ou no clube, os pequenos não podem ficar expostos sem proteção. “As crianças possuem uma pele mais fina que a dos adultos, e seu sistema produtor de melanina não está completamente amadurecido ”, diz o dermatologista Adilson Costa, da PUC de Campinas. Pigmento natural da pele, a melanina funciona como uma espécie de filtro solar. Por conta dos componentes químicos dos protetores, as crianças só podem usar esse tipo de produto a partir dos 2 anos. Antes dessa idade, a proteção ideal se faz com guarda-sol, roupa e chapéu.

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O sol mais seguro é o de antes das 10 horas e depois das 16 horas. E como fica a vitamina D em meio a tanta proteção? Quase 10% das crianças e dos jovens de até 21 anos nos EUA possuem deficiência da substância. Um estudo recente mostrou que as crianças com doenças graves são, em sua maioria, as que têm os maiores déficits de vitamina D. “É correto o pediatra solicitar que a criança seja submetida a exames de dosagem de vitamina D no sangue”, diz Kerstín Taniguchi Abagge, presidente do departamento científico de dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria. Em caso de escassez, é preciso recorrer à suplementação.

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8 PERGUNTAS ESSENCIAIS

01.  É possível obter as quantidades mínimas necessárias de vitamina D somente peia alimentação?

Não. A variedade de alimentos ricos em vitamina D é muito pequena, e fica impossível manter uma alimentação equilibrada (e portanto saudável) a partir de uma dieta baseada em salmão, gema de ovo ou shiitake. “O brasileiro consome cerca de 1/10 da vitamina D recomendada ”, diz a endocrinologista Marise Lazaretti. Além disso, o modo de preparo dos alimentos interfere na quantidade de vitamina D contida neles. Quando frito, o salmão perde até 50% do micronutriente se comparado a quando ele é assado, cozido ou grelhado.

02.  Há pelo menos 20 anos os médicos advertem que tomar sol sem proteção constitui fator de risco para o câncer de pele. Agora, defendem a ideia de que, para obtermos a vitamina D necessária para o bom funcionamento do organismo, devemos abrir mão do protetor. O que fazer, afinal?

O argumento de que o organismo só produz vitamina D mediante a exposição solar sem proteção não deve ser interpretado como um “liberou geral”. Estatelar-se sob o sol, sem nenhum cuidado, é proibidíssimo. Recomenda-se que no verão brasileiro a duração dos banhos de sol para a obtenção de vitamina D vá até 45 minutos, no máximo, conforme o tipo de pele, a latitude e o horário. Alguns dermatologistas argumentam que, apesar de não existirem estudos sobre o assunto, os banhos de sol desprotegidos, ainda que rápidos, podem, sim, deflagrar o câncer de pele. Todos são unânimes, no entanto, ao condenar categoricamente a prática por pessoas com histórico de câncer de pele na família ou que já tenham sido vítima da doença.

03.  Qual é o melhor sol para a síntese de vitamina D?

É aquele que os dermatologistas mais temem – o sol de verão, entre o meio-dia e as 2 da tarde, sem proteção. Durante a manhã e no final da tarde, o percurso dos raios solares através da atmosfera é oblíquo, de modo que a intensidade da radiação é menor. Além disso, os raios são mais fortes na linha do Equador, dada a perpendicularidade do Sol em relação à Terra. Dependendo do fator de proteção do filtro solar, os protetores disponíveis hoje no mercado podem reduzir em até 99% a fabricação de vitamina D.

04.  Por que o tempo de exposição ao sol varia também conforme o tipo de pele?

Quanto mais escura for a pele, mais difícil será a produção de vitamina D pelo organismo. Essa dificuldade se explica pela presença em maiores quantidades de melanina, o pigmento natural da pele, que funciona como uma espécie de filtro contra a radiação solar. Os negros, por exemplo, precisam ficar 10 vezes mais tempo expostos ao sol sem proteção para que produzam o mesmo volume de vitamina D do que as pessoas de pele clara.

05.  É preciso expor todo o corpo ao sol para a produção adequada de vitamina D?

Não. Basta expor os braços e as pernas ao sol, 3 vezes por semana. Isso corresponde a deixar aproximadamente 25% da área total do corpo sob a radiação solar. Quando se está de biquíni ou calção, a porção do corpo descoberta chega a 75%, o que diminui consideravelmente a necessidade de exposição ao sol sem proteção. A radiação diretamente sobre o rosto sem filtro está terminantemente proibida. Do ponto de vista da fabricação de vitamina D, não faz diferença, já que o rosto não chega a 10% da área total do corpo.

06.  O sol que tomamos enquanto estamos no trânsito é suficiente para a síntese de vitamina D?

Os raios ultravioleta do tipo B (UVB), aqueles capazes de ativar a síntese de vitamina D, não conseguem atravessar o vidro. Nos dias nublados, há uma redução de até 50% na fabricação de vitamina D. A poluição também é outro obstáculo. Um estudo feito na Índia revelou que nas cidades com ar mais poluído, as pessoas produzem 54% a menos de vitamina D do que nas cidades limpas.

07.  Os idosos produzem vitamina D na mesma intensidade que os mais jovens?

Não. Com o avançar da idade, o organismo funciona num ritmo mais lento. A quantidade de vitamina D produzida por uma pessoa de 70 anos é, em média, 1/4 da que é sintetizada por um jovem de 20 anos. “Por isso, a indicação de suplementação aumenta conforme a idade ”, diz Sérgio Schalka, dermatologista da Universidade de São Paulo (USP).

08.  É possível substituir o sol pela suplementação de vitamina D?

Sim. A suplementação é muito comum em regiões do Hemisfério Norte onde o sol é escasso. Nesses locais, durante o inverno, a síntese de vitamina D pode ser completamente interrompida.

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Onde encontrar a Vitamina D:

A sua quantidade é medida em unidades internacionais (UI). 1 UI eqüivale a 0,00025 miligramas

Sol – 3 a 5 minutos – 7.000 UI

Óleo de fígado de bacalhau – 1 colher de sopa – 1.360 UI

Cogumelo Shiitake – 50 gramas – 800 UI

Salmão – 1 filé 100 gramas – 794 UI

Atum – 1 posta 100 gramas – 154 UI

Ovo (gema) – 1 unidade – 26 UI

Fonte: Revista Veja

http://ditadosereflexoes.blogspot.com.br/2014/01/um-lugar-ao-sol-para-vitamina-d.html

 


Pulseira folheada a prata c/ adorno em filigrana e strass (cores sortidas)


domingo, 5 de janeiro de 2014

Rachel Sheherazade: a mulher que aterroriza a esquerda

Autor de vários livros adotados em faculdades de Pedagogia, o filósofo Paulo Ghiraldelli Jr. desejou, como votos para 2014, que a âncora do jornalismo do SBT seja estuprada — não por ser misógino, mas por ser membro de uma universidade quase totalitária

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Rachel Sheherazade, âncora do SBT: vítima de incitação à violência, ainda não teve o apoio de grupos feministas

José Maria e Silva

Volta e meia os institutos de pesquisa avaliam o grau de confiança da população nas principais instituições do País, como partidos políticos, igrejas, sindicatos, empresas, organizações não governamentais, polícia, Corpo de Bombeiros, Correios, Congresso Nacional, etc. Até a credibilidade de Deus é posta em questão: as pesquisas também querem saber se as pessoas acreditam ou não n’Ele. Curiosamente, só os intelectuais e as universidades nunca são avaliados – é como se fossem mais infalíveis do que Deus. Parece não passar pela cabeça dos pesquisadores de opinião que alguém possa não confiar num professor universitário. De fato, se fosse feita uma pesquisa de opinião para avaliar o grau de confiança da população nas universidades e nos intelectuais, o índice de aprovação seria altíssimo. O que é um perigo.


Os intelectuais não são imunes ao erro e estão longe de ser um exemplo de moralidade. Se as pessoas comuns soubessem do que os intelectuais são capazes, especialmente quando ungidos pela suposta santidade da ciência, elas ficariam estarrecidas. Basta dizer que o terrorismo moderno é, sem dúvida, uma criação da intelectualidade universitária, que não só apoia a ação de grupos terroristas como sempre foi a fonte de seus principais líderes. Que o diga a luta armada brasileira, feita com braços arregimentados nas universidades. Quando os guerrilheiros do grupo colombiano M-19 tomaram a embaixada da República Dominicana em Bogotá, em fevereiro de 1980, e fizeram cerca de 60 reféns, inclusive embaixadores, os universitários colombianos promoveram manifestações de apoio aos terroristas nas imediações da embaixada.


Hoje, o “terrorismo intelectual”, para usar uma expressão do jornalista e ensaísta francês Jean Sévillia, está cada vez mais ousado, disfarçando-se de ciência de ponta quando não passa da mais baixa mistura de ideologia marxista e instintos primitivos. Uma de suas versões mais sorrateiras é a suposta luta contra o preconceito, por meio da ditadura do “politicamente correto”. Para­doxalmente, o terrorista intelectual também é capaz de fingir que se insurge contra essa ditadura em nome da liberdade de expressão, sendo que, na prática, faz o contrário. Um exemplo de terrorismo intelectual que se enquadra justamente nesse último aspecto do fenômeno são os agressivos ataques à jornalista Rachel Sheherazade, âncora do telejornal “SBT Brasil”. Uma das fontes desses ataques é o filósofo Paulo Ghiraldelli Jr., autor de vários livros e professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.


Na quinta-feira, 26 de dezembro, no Facebook do filósofo Paulo Ghiraldelli Jr. foi postada a seguinte mensagem: “Meus votos para 2014: que Rachel Sherazedo seja estuprada”. Logo em seguida, foi postada outra mensagem com o mesmo teor: “Votos para 2014: que a Rachel Sherazedo abrace bem forte, após ser estuprada, um tamanduá”. Alertada por um amigo, Shehera­zade denunciou os ataques em seu Twitter: “Caso grave de incitação ao crime, promovido pelo Sr. Paulo Ghiraldelli ou quem se faz passar por ele. Compartilhem!” Em seguida, questionou diretamente o próprio filósofo: “Sr. Ghiraldelli, liberdade de expressão termina onde começam calúnia, difamação, ameaça, incitação ao crime! Vai aprender isso num tribunal!”. E, no dia 30, a jornalista postou no Twitter: “Mis­são cumprida: esta manhã fui à delegacia competente representar penalmente contra meu agressor ou quem se faz passar por ele. Agora, é só aguardar as providências legais e a providência divina. Tenho a certeza de que cumpri meu papel de cidadã”.


Diante da pronta reação da jornalista, o filósofo recuou. Numa mensagem enviada diretamente para o Twitter de Sheherazade, Ghiraldelli tentou se justificar: “Prezada Rachel Sheherazade, não sou favorável a qualquer incitação à violência contra mulher, menos ainda à imprensa. Posso me explicar?” Reparem que, já nessa curta mensagem, Ghiraldelli tropeça na gramática e na ética e mostra que nada entende de direitos humanos, apesar de fingir defendê-los. Para o filósofo, uma incitação à violência contra a mulher é menos grave do que uma incitação à violência contra a imprensa. É como se instituições abstratas não fossem feitas de seres humanos concretos e fosse possível preservá-las descartando as pessoas. Por esse esconso critério de Paulo Ghiraldelli Jr., uma ditadura sanguinária que fuzilasse gente seria preferível a uma ditadura autoritária que apenas empastelasse jornais. Felizmente, para a família Mesquita, o ditador Getúlio Vargas não achou que poderia fuzilar os donos do “Estadão”, já que mantivera o jornal circulando mesmo sob intervenção.


Paulo Ghiraldelli negou ser o autor dos votos de que Rachel Sheherazade seja estuprada em 2014. Ele alegou que seu Facebook foi invadido por “hackers” e apagou as mensagens de incitação à violência contra a jornalista. Mas o filósofo deve ter fugido das aulas de lógica. Se não é o autor das mensagens injuriosas contra Sheherazade, Ghiraldelli não pode se limitar a pedir desculpas a ela por um crime que alega não ter cometido – até para demonstrar sua alegada inocência, seu dever é prontificar-se a ajudar a jornalista a descobrir o criminoso que a atacou. Para isso, tão logo se deu conta da invasão, além do pedido de desculpas e de apagar as mensagens, ele próprio deveria ter recorrido à polícia para descobrir quem foi que o usou para atacar a âncora do SBT. Todavia, o filósofo fez o contrário: ele tentou – e continua tentando – se passar por vítima, não só do suposto “hacker” que teria invadido seu perfil, mas também da “direita” e até da própria Rachel Sheherazade, a verdadeira vítima nessa história, uma vez que tem sido alvo recorrente de ataques da esquerda.

artigo_jose maria e silva.qxd O desespero do filósofo contraditório

Paulo Ghiraldelli Jr. é um dos que atacam sistematicamente a âncora do SBT apesar de ter tentado negar esse fato na entrevista que concedeu à “Folha de S. Paulo” em 28 de dezembro, em reportagem de Anahi Martinho. Ghiraldelli, segundo o jornal, negou ser o autor das postagens e disse que ficou surpreso com a reação da jornalista: “Eu não tenho absolutamente nada contra aquela moça. Conheço o trabalho dela, sei quem ela é, mas jamais escrevi nenhuma frase contra ela” – declarou à “Folha”, num surto de amnésia. O jornal acrescenta: “Demonstrando irritação com a polêmica e a reação do público, ele afirmou não temer um processo na Justiça. ‘Minha carreira de 40 anos e meus livros não valem nada? O que vale é um Twitter que nem posso comprovar se fui eu que escrevi ou não? Se eu for processado, vou lá no tribunal, respondo. Se for condenado, pago uma cesta básica e pronto. Não vai acontecer absolutamente nada. É o milésimo processo que eu vou tomar’, disse.” Ainda segundo a “Folha”, Paulo Ghiraldelli “também negou ser o autor de outras postagens antigas ironizando Shehera­zade, encontradas em suas contas no Twitter e Facebook”.


As declarações de Paulo Ghiral­delli são tão contraditórias que não parecem saídas da boca de um filósofo. Ao mesmo tempo em que diz não ser autor dos ataques à jornalista, ele zomba da Justiça ao dizer que sua condenação, se ocorrer, não passará do pagamento de cestas básicas. Mas, valendo-se do Twitter, ele mandou uma sequência de mensagens para a âncora do SBT que revelam certo desespero: “Prezada Rachel Sheherazade, eu retirei minha conta do ar, em respeito a você, agora peço que tire o post do ar para não incitarmos torcidas. Não há nenhuma justiça nos julgamentos a priori, nas denúncias a partir de meios inseguros. Isso é linchamento público. Repudio. Gostaria que tirasse do seu Face a conclamação contra mim, pois trata-se de injustiça. Eu estou pedindo desculpas públicas”. Reparem na distorção dos fatos promovida pelo filósofo: de algoz de Rachel Sheherazade, ele tenta se passar por sua vítima, acusando a jornalista de linchá-lo publicamente, quando ela está apenas se defendendo dos ataques sórdidos que sofreu. É uma ignomínia que um filósofo e professor universitário – sustentado com dinheiro público – tenha esse tipo de comportamento.


Nas declarações à “Folha de S. Paulo”, o filósofo Paulo Ghiraldelli Jr. manteve essa estratégia de criminalizar Rachel Sheherazade: “Quando recebi o recado dela no Twitter, duvidei que era ela de verdade. Sou um simples professor de filosofia, um coitado, completamente desconhecido do mundo. E de repente uma jornalista da televisão querendo me caçar? A maneira com que ela me abordou não foi normal”. Ele disse que jamais faria piadas com conteúdo violento: “Eu não gosto desse tipo de brincadeira [sobre estupro]. Não é do meu feitio. Embora não ache que se deve censurar humorista, caçar gente por aí”. Como fica claro, Paulo Ghiraldelli, que se define como “o filósofo da cidade de São Paulo”, resolveu concorrer com o “Porta dos Fundos” e está se autonomeando “humorista”, numa tentativa desesperada de escapar da Justiça. Espero que a Faculdade de Pedagogia da Universidade Federal de Goiás e demais cursos de pedagogia do País retirem de suas respectivas bibliografias de graduação e pós-graduação os livros desse humorista confesso.

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Extermínio verbal de Sheherazade


Convém citar mais dois trechos da reportagem da “Folha de S. Paulo”, pois ambos são emblemáticos da miséria moral e intelectual em que vivemos. Eis o primeiro trecho: “Mesmo negando ser o autor de todas as postagens contra Shehe­razade, Ghiraldelli lançou mão de outro argumento para se defender. Ele disse que não há lei que possa incriminá-lo por desejar o mal de alguém. ‘Vamos supor que tivesse sido eu. Primeiro que não tem o nome dela. E ainda que ela vista a carapuça, nada me impede legalmente de desejar mal a uma pessoa. Jogar praga não é crime’, defendeu-se.” Eis o segundo trecho: “A âncora [Rachel Sheherazade] é conhecida por seus editoriais controversos e de teor conservador à frente da bancada do SBT. Ela já criticou o Bolsa Família, defendeu o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) e recentemente fez uma declaração sobre o esquecimento de Jesus no Natal”.


Ghiraldelli não só precisa conhecer melhor as leis do País como também deveria aplicar na prática seus possíveis conhecimentos de antropologia e sociologia. Ele sabe que cada indivíduo exerce, em diferentes espaços e tempos, os mais variados papéis sociais. Em sua vida privada, Paulo Ghiraldelli Jr. provavelmente é o eterno “Paulinho” de seus pais, o “benzinho” ou “amorzinho”, sei lá, de sua esposa, o “Paulo” dos amigos, o “seu” Paulo da vizinhança, etc. Mas, na universidade, na imprensa e na internet, ele é o professor e filósofo Paulo Ghiraldelli Jr., que se orgulha de ter cerca de 40 anos de profissão e mais de 30 livros publicados, alguns deles adotados em universidades de todo o País. E “jogar praga”, obviamente, não faz parte do papel social de um filósofo e professor, do qual se espera um comportamento racional, condizente com a ciência de seu tempo, na qual não há espaço para as superstições populares. Figuras públicas precisam entender que redes sociais não são as velhas cercas que separam quintais e serviam para as vizinhas fofocarem. Logo, o professor universitário não “jogou praga” na jornalista do SBT – ele incitou a prática de crime contra ela, incorrendo no artigo 286 do Código Penal, tornando-se passível de pena de detenção de três a seis meses de prisão ou multa.


E não é a primeira vez que ele age assim. Desde que Rachel Shehera­zade despontou na televisão brasileira com suas contundentes – e elegantes – críticas ao pensamento de esquerda, Paulo Ghiraldelli passou a atacá-la sistematicamente no Facebook e no Twitter. Ou todas aquelas postagens atacando a jornalista foram obra de invasores? Ghiraldelli precisa tomar cuidado com o uso indiscriminado que tem feito dessa desculpa esfarrapada ou corre o risco de ser processado pelo Facebook e o Twitter, pois não é possível que essas redes sociais sejam assim tão inseguras a ponto de colocarem em maus lençóis um professor universitário que navega na internet há anos e sabe como se proteger minimamente. Entre diversas postagens contra Sheherazade que já apareceram nos perfis de Ghiral­delli convém destacar a que data de 28 de março de 2013, garimpada por Felipe Moura Brasil, blogueiro de “Veja”: “Evanjegue não lava a xana! Então... Rachel Cheira­zedo”. Esses dizeres foram estampados sobre uma foto do rosto da apresentadora, seguida por outras postagem que lhe serve de legenda: “Essa é a Rachel, o braço de Feliciano na TV. Ela incita o racismo, a xenofobia e a crueldade com animais”.


Agora, convém reler o trecho da reportagem da “Folha de S. Paulo” em que Rachel Sheherazade é descrita como a âncora que “é conhecida por seus editoriais controversos e de teor conservador”. Marilena Chauí chama de “desgraça” a classe média que lhe paga o salário, mas nunca foi classificada como “filósofa controversa”, mesmo sendo mais devota do PT do que da própria filosofia. Já Rachel Sheherazade é tida como “controversa” por defender a liberdade de expressão de um deputado democraticamente eleito, criticar um mero programa governamental como o Bolsa-Família e até pelo fato de dizer que Jesus está sendo esquecido no Natal – um fato que pode ser constatado por qualquer ateu. Ou é possível negar que o espírito religioso dessa festa há muito cedeu lugar para o seu caráter comercial? Se uma âncora de TV diz isso, ela está dizendo algo de “controverso”? Controverso é o “kit gay” ser distribuído para crianças nas escolas e não o pensamento de quem condena essa prática imoral, como faz Rachel Sheherazade, expressando o pensamento da esmagadora maioria da população brasileira, ainda não contaminada pelo vírus da imoralidade acadêmica.

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Universidade em ritmo de barbárie
Os ataques do filósofo Paulo Ghiraldelli Jr. à jornalista Rachel Sheherazade não são um caso isolado – eles são um sintoma da barbárie que tomou conta das universidades brasileiras, num sentido diverso daquele que o filósofo José Arthur Giannotti emprestava ao tema quando o tratou num livro com esse título publicado em 1986. Paulo Ghiraldelli não é um desconhecido professor como fingiu ser na reportagem da “Folha de S. Paulo”. Ele é o principal discípulo brasileiro do filósofo pragmatista norte-americano Richard Rorty (1931-2007), que tem considerável influência nas universidades brasileiras, com cerca de 30 dissertações e teses defendidas sobre sua obra e vários livros traduzidos e publicados em português. Além de ser um dos responsáveis pela divulgação do filósofo norte-americano no Brasil, Paulo Ghiraldelli Jr., juntamente com Michael Peters, organizou o livro “Richard Rorty: Education, Philosophy, and Politics” (“Richard Rorty: Educação, Filosofia e Política”), publicado nos Estados Unidos em 2001.


Paulo Ghiraldelli Jr., segundo informa em seu currículo Lattes, é “filósofo e escritor”. Tem doutorado em filosofia pela USP e doutorado em filosofia da educação pela PUC-SP. Tem mestrado em filosofia pela USP e mestrado em filosofia e história da educação pela PUC-SP. Fez sua livre-docência na Unesp e o pós-doutorado na Uerj, com a tese “Corpo: Filosofia e Educação”. Em seu currículo, ele informa ainda que “foi pesquisador nos Estados Unidos e na Nova Zelândia; é editor internacional e participante de publicações relevantes no Brasil e no exterior; possui mais de 40 livros em filosofia e educação; trabalha como escritor e tem presença constante na mídia imprensa, falada e televisiva” – o que depõe contra sua afirmação à “Folha de S. Paulo” de que não passa de um “simples professor de filosofia”, um “coitado”, “desconhecido do mundo”. Também Dirige o Centro de Estudos em Filosofia Americana (Cefa) é é professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.


Mas engana-se quem pensa que Rachel Sheherazade foi escolhida como alvo de Paulo Ghiraldelli por ele ser misógino. Em um ponto ele tem razão: sua carreira intelectual, ao menos retoricamente, se alinha com o feminismo, as minorias, a liberdade de expressão. Ocorre que, mesmo se apresentando como alguém que não é de “esquerda” nem de “direita” e, sim, uma espécie de libertário, Paulo Ghiraldelli Jr. é como a filósofa Marilena Chauí, que acredita que só existe ética de esquerda. Por isso, ele não perdoa Rachel Sheherazade, que ousa discordar do pensamento hegemônico de esquerda, sobretudo num veículo de grande impacto, como a televisão. A âncora do SBT não é exatamente uma porta-voz da direita, como afirma Ghiraldelli. Ela apenas exprime o bom senso da maioria da população, que, mesmo de forma inconsciente, não aceita o totalitarismo de esquerda que quer destruir todos os valores morais da sociedade. Por isso, a esquerda quer eliminar Rachel Sheherazade do debate público. É a liberdade de expressão sendo acossada, mais uma vez, pela esmagadora capacidade de pressão da esquerda.

Reprodução/SBT

Fonte: http://www.jornalopcao.com.br/posts/reportagens/rachel-sheherazade-a-mulher-que-aterroriza-a-esquerda

http://federalismoagora.blogspot.com.br/2014/01/rachel-sheherazade-mulher-que.html


Nota minha:

Rachel Sheherazade: a mulher que aterroriza a esquerda. Imaginaram se ela fosse da Globo? Seria linchada em praça pública porque todo pseudo esquerdista deve criticar a Globo sempre, independente do assunto. Essa moça do SBT tem tempo que assisto suas críticas e apesar de nem sempre concordar com ela, admiro sua coragem. E como 99% das feministas são da escola esquerdista não se manifestam em defesa dela, preferem a arrogância do "filosofo" de meia tigela que agride todos aqueles que pensam diferente dele. E não é de hoje, basta acompanhar as postagens dele nas redes sociais para ver que a agressividade é constante contra aqueles que não endeusam Marx.

 


Pulseira folheada a prata c/ olho grego em murano (cores sortidas)


sábado, 4 de janeiro de 2014

36 frases impagáveis do Barão de Itararé

 

Um grande humorista ganhou uma biografia alentada, “Entre Sem Bater — A Vida de Apparício Torelly, o Barão de Itararé” (Casa da Palavra, 480 páginas), de Cláudio Figueiredo. Criador do jornal “A Manha”, o Barão ridicularizava ricos, classe média e pobres. Não perdoava ninguém, sobretudo políticos, donos de jornal e intelectuais.

Ele não era barão, é claro. Mas deu-se o título de nobre e nobre se tornou. O primeiro nobre do humor no Brasil. Debochava de tudo e de todos e costumava dizer que, “quando pobre come frango, um dos dois está doente”. Ele é um dos inventores do contra-politicamente correto.

Há muito que o gaúcho Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly (1895-1971) merecia uma biografia mais detida. Em 2003, o filósofo Leandro Konder lançou “Barão de Itararé — O Humorista da Democracia” (Brasiliense, 72 páginas). O texto de Konder é muito bom, mas, como é uma biografia reduzida, não dá conta inteiramente do personagem, uma espécie de Karl Kraus menos filosófico mas igualmente cáustico.

Quatro depois, o jornalista Mouzar Benedito lançou o opúsculo “Barão de Itararé — Herói de Três Séculos (Expressão Popular, 104 páginas). É ótimo, como o livrinho de Konder, mas lacunar. No final, há uma coletânea das melhores máximas do humorista, que dizia: “O uísque é uma cachaça metida a besta”.

 

 

1  - O que se leva desta vida é a vida que a gente leva.

2  - A criança diz o que faz, o velho diz o que fez e o idiota o que vai fazer.

3  - Os homens nascem iguais, mas no dia seguinte já são diferentes.

4  - Dizes-me com quem andas e eu te direi se vou contigo.

5  - A forca é o mais desagradável dos instrumentos de corda.

6  -Sábio é o homem que chega a ter consciência da sua ignorância.

7  - Não é triste mudar de ideias, triste é não ter ideias para mudar.

8  - Mantenha a cabeça fria, se quiser ideias frescas.

9  - O tambor faz muito barulho, mas é vazio por dentro.

10 - Genro é um homem casado com uma mulher cuja mãe se mete em tudo.

11 - Neurastenia é doença de gente rica. Pobre neurastênico é malcriado.

12 - De onde menos se espera, daí é que não sai nada.

13 - Quem empresta, adeus.

14 - Pobre, quando mete a mão no bolso, só tira os cinco dedos.

15 - O banco é uma instituição que empresta dinheiro à gente se a gente apresentar provas suficientes de que não precisa de dinheiro.

16 - Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades.

17 - A televisão é a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade humana.

18 - Este mundo é redondo, mas está ficando muito chato.

19 - Precisa-se de uma boa datilógrafa. Se for boa mesmo, não precisa ser datilógrafa.

20 - O fígado faz muito mal à bebida.

21 - O casamento é uma tragédia em dois atos: um civil e um religioso.

22 - A alma humana, como os bolsos da batina de padre, tem mistérios insondáveis.

23 - Eu Cavo, Tu Cavas, Ele Cava, Nós Cavamos, Vós Cavais, Eles Cavam. Não é bonito, nem rima, mas é profundo…

24 - Tudo é relativo: o tempo que dura um minuto depende de que lado da porta do banheiro você está.

25 - Nunca desista do seu sonho. Se acabou numa padaria, procure em outra!

26 - Devo tanto que, se eu chamar alguém de “meu bem”, o banco toma!

27 - Viva cada dia como se fosse o último. Um dia você acerta…

28 - Tempo é dinheiro. Paguemos, portanto, as nossas dívidas com o tempo.

29 - As duas cobras que estão no anel do médico significam que o médico cobra duas vezes, isto é, se cura, cobra, e se mata, cobra.

30 - O voto deve ser rigorosamente secreto. Só assim, afinal, o eleitor não terá vergonha de votar no seu candidato.

31 - Em todas as famílias há sempre um imbecil. É horrível, portanto, a situação do filho único.

32 - Negociata é um bom negócio para o qual não fomos convidados.

33 - Quem não muda de caminho é trem.

34 - A moral dos políticos é como elevador: sobe e desce. Mas em geral enguiça por falta de energia, ou então não funciona definitivamente, deixando desesperados os infelizes que confiam nele.

35 - O uísque é uma cachaça metida a besta.

36 - Quando pobre come frango, um dos dois está doente.