quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

O mito do déficit da Previdência

Se a Dinamarca apresentasse à sua população o mesmo método de cálculo que o Brasil apresenta aos seus cidadãos, os dinamarqueses estariam convencidos de que enfrentam um rombo amazônico no seu sistema de Previdência. E por que não estão?
Quem explica é o professor do Instituto de Economia da Unicamp Eduardo Fagnani – que afirma, assim como a economista da UFRJ Denise Gentil demonstrou em suas pesquisas, que o rombo da Previdência é um mito.
A explicação é simples: a Constituição de 1988 estabeleceu – seguindo a experiência internacional de outros países – o mecanismo clássico de financiamento tripartite (trabalhador, empresa e governo) da Seguridade Social. É como a Dinamarca, por exemplo (onde a contribuição do governo na conta, diga-se de passagem, é mais elevada) , contabiliza as suas fontes de financiamento da Seguridade.
“Na Dinamarca, por exemplo, mais de 50% dos recursos da seguridade social vêm do Estado; o restante, de trabalhadores e empresas. Em relação ao PIB, o trabalhador lá contribui com o equivalente a 2% do PIB e a empresa, com 3%, enquanto o Estado entra com 28% do PIB. Se na Dinamarca houvesse as mentiras, os mitos difundidos aqui, o rombo da Previdência daquele país seria de 28%! Por que não existe rombo? Porque contabilizam o orçamento da forma clássica, tripartite.”
Já as contas apresentadas pelo Brasil aos cidadãos para justificar o rombo da Previdência consideram, apenas, a receita representada pelas contribuições previdenciárias (contribuições ao INSS de trabalhadores e empregadores). Ou seja, desconsideram outras fontes de receita para a Seguridade Social estabelecidas pela Constituição de 88.
“De acordo com nossa Carta, a Seguridade Social deve ser financiada pelo Orçamento da Seguridade Social (artigos 194 e 195), um conjunto de fontes próprias e exclusivas: as contribuições sociais pagas pelas empresas sobre a folha de salários, o faturamento e lucro; e as contribuições pagas pelos trabalhadores sobre seus rendimentos do trabalho. Além disso, há a contribuição do governo, por meio de impostos gerais pagos por toda a sociedade. Entre esses impostos, destacam-se as contribuições sobre o faturamento (Cofins) e sobre o lucro liquido (CSLL), criadas também em 1988 para que o Estado integralizasse sua parte”, diz Fagnani.
Em outras palavras: quando se computa apenas um pilar das receitas determinadas pela Constituição para financiar a Previdência (as contribuições previdenciárias), a conta do pagamento das aposentadorias não fecha. Assim apresenta-se o “rombo”, e a necessidade da reforma da Previdência.
Como já explicou a pesquisadora da UFRJ Denise Gentil:
Para se ter uma ideia da diferença que esse ‘detalhe’ faz, contadas apenas as contribuições previdenciárias, a receita bruta da previdência em 2014 foi de R$ 349 bilhões para pagar um total de R$ 394 bilhões de benefícios. Essa conta, que Denise caracteriza como “simplista”, mostra um déficit de R$ 45 bilhões — ainda assim muito menor do que o anunciado pelo governo. Quando, no entanto, se considera a receita total, incluindo os mais de R$ 310 bilhões arrecadados da CSLL, Cofins e PIS-Pasep, esse orçamento pula para R$ 686 bilhões.
“Talvez você esteja supondo que o dinheiro que sobrou no orçamento da seguridade social mas faltou no da previdência tenha sido usado nas outras duas áreas a que, constitucionalmente, ele se destina: saúde e assistência. Mas essa é uma meia verdade. A soma dos gastos federais com saúde, assistência e previdência totalizou, em 2014, R$ 632 bilhões. Como o orçamento da seguridade foi de R$ 686 bi, no final de todas as receitas e todas as despesas, ainda sobram R$ 54 bilhões. E como esse saldo se transforma em déficit? Com uma operação simples: antes de destinar o dinheiro para essas áreas, o governo desvia desse orçamento 20% do total arrecadado com as contribuições sociais, o que, em 2014, significou um ralo de R$ 60 bilhões”, aponta Denise Gentil.
8 de Dezembro de 2016

Do site da Fiocruz:

O mito do déficit da Previdência

O deficit da Previdência é um mito. Da Assembleia Nacional Constituinte, nos anos 1980, aos dias atuais, setores detentores de riqueza do país desenvolvem ativa campanha difamatória e ideológica orientada para demonizar a Seguridade Social e, especialmente, o seu segmento da Previdência Social (a Seguridade Social compreende, ainda, a Saúde e a Assistência Social). Há um esforço dessas elites em comprovar a inviabilidade financeira da Previdência, cujo gasto equivale a 8% do PIB, para justificar nova etapa de retrocesso em direitos garantidos pela Constituição de 1988.
De acordo com nossa Carta, a Seguridade Social deve ser financiada pelo Orçamento da Seguridade Social (artigos 194 e 195), um conjunto de fontes próprias e exclusivas: as contribuições sociais pagas pelas empresas sobre a folha de salários, o faturamento e lucro; e as contribuições pagas pelos trabalhadores sobre seus rendimentos do trabalho. Além disso, há a contribuição do governo, por meio de impostos gerais pagos por toda a sociedade. Entre esses impostos, destacam-se as contribuições sobre o faturamento (Cofins) e sobre o lucro liquido (CSLL), criadas também em 1988 para que o Estado integralizasse sua parte.
Mas a Constituição não inventou a roda. Essas definições seguem a experiência internacional. Com o Orçamento da Seguridade Social, os constituintes estabeleceram o mecanismo de financiamento tripartite clássico (trabalhador, empresa e governo) dos regimes do Welfare State. Estudos realizados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2006, demonstraram que, para um conjunto de quinze países da OCDE, em média, os gastos com a Seguridade Social representam 27,3% do PIB e são financiados por 38% da contribuição dos empregadores; 22% da contribuição dos empregados; e 36% da contribuição do governo. Dinamarca, Irlanda, Luxemburgo, Reino Unido e Suécia têm a participação do governo relativamente mais elevada.
Na Dinamarca, por exemplo, mais de 50% dos recursos da seguridade social vêm do Estado; o restante, de trabalhadores e empresas. Em relação ao PIB, o trabalhador lá contribui com o equivalente a 2% do PIB e a empresa, com 3%, enquanto o Estado entra com 28% do PIB. Se na Dinamarca houvesse as mentiras, os mitos difundidos aqui, o rombo da Previdência daquele país seria de 28%! Por que não existe rombo? Porque contabilizam o orçamento da forma clássica, tripartite.
O que aqui se insiste em chamar de déficit refere-se simplesmente ao fato de, desde 1989, tanto o Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) quanto a área econômica não contabilizarem a contribuição do Estado. Adota-se o critério contábil segundo o qual a sustentação financeira da Previdência depende exclusivamente das receitas próprias do setor (empregados e empregadores). A parcela que cabe ao governo no sistema tripartite não é considerada, embora exista. O déficit nada mais é do que a parte do Estado que não se contabiliza.
Em 2012, de um total de R$ 317 bilhões utilizados para pagar benefícios previdenciários, as contribuições exclusivamente previdenciárias (empresas e trabalhadores) somaram R$ 279 bilhões (88% do total). A parcela estatal, de apenas 12%, portanto, corresponde a um montante muito inferior à terça parte (33%) que lhe caberia numa conta tripartite. Essa prática contábil cria e alardeia um falso déficit, para justificar mais reformas, com corte de direitos.
Se organizado da forma como ordena a Constituição, o Orçamento da Seguridade Social é superavitário, como mostram diversos estudos. Em 2012, por exemplo, apresentou saldo positivo de R$ 78,1 bilhões – as receitas totalizaram R$ 590,6 bilhões e as despesas atingiram R$ 512,4 bilhões (ANFIP, 2013).
A Seguridade Social é o mais importante mecanismo de proteção social do país e também um poderoso instrumento do desenvolvimento: contempla transferências monetárias para a Previdência Social (rural e urbana) e oferta de serviços universais pelo Sistema Único de Saúde (SUS), Sistema Único de Assistência Social (Suas) e Sistema Único de Segurança Alimentar e Nutricional (Susan), bem como pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
À luz da Constituição, não há como se falar em déficit na Previdência Social. Na verdade, sobram recursos, que são utilizados em finalidades não previstas na lei. Todas as mudanças previdenciárias levadas à frente pelos países são para aperfeiçoar o sistema, não para destruí-lo, como aqui, de forma a capturar recursos para outras finalidades. Assim, como ocorria na ditadura, a Seguridade Social continua a financiar a política econômica.
* Professor do Instituto de Economia da Unicamp, pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho (Cesit/IE-Unicamp) e coordenador da rede Plataforma Política Social.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Mulher não dá


"Entenda uma coisa:
Não existe mulher que "dá" no primeiro encontro 
Existe mulher que faz sexo quando está com vontade.
Ela não te "deu"
Ela nunca te pertenceu
Então não venha com essa de "ela deu pra mim"
Porque na verdade, ela não foi sua.
Ela não conta primeiro, segundo ou terceiro encontro
Ela valoriza os momentos
Ela valoriza as conversas
Os sorrisos
Os olhares
Ela valoriza aquilo que desperta vontade
Aquilo que desperta tesão em viver.
Se ela fez SEXO com você
É porque ela quis.
Não pense que ela faz sexo com todos
Ou pense se quiser
Até porque isso não é da sua conta.
Você não "comeu" ela
Ela ainda está inteira
Ainda ri de coisas bobas na TV
Ainda lê um livro antes de dormir
Ainda sai com suas amigas no sábado a noite
E almoça na casa dos pais no domingo.
Você não "comeu" ela
Porque gente não se come
Se sente.
Ela não saiu por aí gritando para todos
O quanto a transa de vocês foi ruim
Ou o quanto você foi grosso com ela
Ela não precisa dividir isso com ninguém
Então porque você precisa?
Pra se sentir mais "macho" ?
Pra se sentir mais "homem"?
Não cara
Ela não é metade do que você pensa
Ela é tão extraordinária
Que nem cabe dentro dos seus pensamentos.
Ela não te ligou
E ela não estava esperando você ligar
Ela não precisa da sua aprovação
Ela não precisa saber se foi bom pra você
Porque se tiver sido bom para ela
Ela vai fazer acontecer de novo.
Não, ela não estava bêbada
Nem drogada
Ela fez porque quis
Porque tava afim.
Quando ela se arrumou naquela noite
Ela já sabia que seria pra enlouquecer
Ou enlouquecer alguém
E pode ter certeza que você não a enlouqueceu.
Você não ganhou ela na sua conversa fiada
Ela foi porque tava afim
Porque ela te escolheu.
Não saia por aí dizendo que você a ganhou
E que você ganha a hora que quiser.
Ela não te viu como um pedaço de carne
Ela não enxerga ninguém assim
Ela gosta de conexões
Nem que seja só por uma noite
Ela gosta de se sentir ligada a alma de alguém
De sentir o calor
De olhar nos olhos
De sentir prazer físico e emocional
E se ela tiver te achado vazio demais
Não vai rolar de novo.
Você pode rezar
Implorar
Mandar flores
Ela é decidida
Tem personalidade forte.
E no dia em que ela se casar
Vai ser com um cara de muita sorte
Porque de todas as conexões
Aquela terá sido a mais forte
Ele terá sido a alma que ela escolheu
E os dois serão eternamente enlouquecidos
Um pelo outro.
E você?
Ah cara,
Você vai continuar perdendo tempo
Falando por aí das mulheres que você acha que comeu
Vai continuar perdendo tempo achando que ganhou alguém
Você vai acabar sozinho
Porque nunca soube se conectar
Nunca soube sentir a alma de alguém."
-Helena Ferreira.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Sabedoria do mestre

Um aluno de kung fu pergunta ao mestre:
- Mestre, por que minha habilidade não evolui e eu sempre sou vencido? 
E o mestre com toda a paciência responde:
- Meu querido aluno, vc já viu as gaivotas voando, flamejantes, pelo sol poente?
- Sim, meu mestre, eu já vi.
- E uma cachoeira derramando-se sobre uma pedra sem tirar nada do seu devido lugar?
- Sim, meu mestre, já presenciei.
- Então, a lua.. Quando toca a água calma, refletido toda sua enorme beleza?
- Sim, meu mestre, também já observei tal fenômeno.
- Esse é o problema. Tu fica vendo essas merdas aí e não treina...

sábado, 26 de novembro de 2016

Suzuki e o bambi

No primeiro dia de aula, numa escola secundária, dos EUA, a professora apresentou aos alunos um novo colega, Ken Suzuki, recém chegado do Japão.

A aula começa e a professora:
"Vamos ver quem conhece a história americana..."

Quem disse:
"Dê-me a liberdade, ou a morte?"

Silêncio total na sala. Apenas Suzuki, levanta a mão e diz:
"Patrick Henry em 1775, na Filadélfia".

Muito bem Suzuki!

E quem disse:
"O Estado é o povo, e o povo não pode afundar- se?"

"Abraham Lincoln em 1863, em Washington, responde Suzuki."

A professora olha os alunos e diz:
"Vocês não têm vergonha?"...
Suzuki é Japonês e sabe mais, sobre a história americana, que vocês!!

Então, lá no fundo da sala, ouve-se uma voz baixinha, falando:
"Vai toma no c., Japonês filho da p...!!"

Quem disse isso???.... "Grita a professora..."

Suzuki responde: "General  McArthur, em 1941, em Pearl Harbour!"

A turma fica em silêncio, apenas um aluno fala: "Acho que vou vomitar."

A professora grita:
"Quem foi que falou isso?"

E Suzuki responde:
"George Bush, ao primeiro ministro Tanaka, durante o almoço em Tokyo, em 1991"

Um dos alunos grita:
"Chupa meu p..."

E, a professora irritada: Quem foi agora?

E Suzuki responde:
"Bill Clinton, à Mônica Lewinsky, na Casa Branca, em Washington, em 1997."

Outro aluno se levanta e grita:
"Suzuki é uma merda!"

E Suzuki, responde:
"Valentino Rossi, no Grande Prêmio, de Moto Velocidade, em 2002."

A turma fica histérica, a professora desmaia, a porta se abre e entra o Diretor, que diz:
"Que merda é essa??

Suzuki responde:
"Lula para o ex- ministro José Dirceu, quando estourou o mensalão, em 2005."

Outro aluno, num sussurro, que ecoou:
" ih....agora fud.. de vez"

Suzuki responde:
"Dilma, com as manifestações pro- impeachment."

O Diretor fica estarrecido, com a petulância, do Japonês e da euforia da turma e diz:
"Vamos reagir cambada de viadinhos, vocês tem que virar homens..."

Suzuki levanta e responde:

Rogério Ceni, ao assumir o time do  São Paulo, esta semana!!

Êta, Japonês porreta!

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

13 Títulos Nacionais

Além da Copa do Brasil (1998, 2012 e 2015), ganhou a Taça Brasil (1960 e 1967), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967 e 1969), o Campeonato Brasileiro (1972, 1973, 1993, 1994 e 2016) e a Copa dos Campeões (2000).

Moda verão - bronzeamento linguiça


Quando foi a última vez que disse "eu te amo"?


Um grupo de mulheres se reuniu em um seminário sobre como melhorar a vida conjugal.

O palestrante perguntou quais delas ainda amavam seus maridos.

Todas levantaram a mão.

Então ele perguntou qual a ultima vez que elas tinham dito aos maridos que os amavam.

A maioria não se recordava quando.

Então ele sugeriu que elas pegassem seus celulares e escrevessem “Te amo, querido” e enviassem ao seus maridos por WHATSAPP.

Depois ele pediu que todas mostrassem as respostas. Segue abaixo algumas delas:

1) Você está bem?

2) O que foi? Bateu o carro de novo?

3) Diga logo o que foi.

4) O que você quer dizer com isso?

5) Nem tente me enganar. Diga logo de quanto você precisa.

6) ai tem.

7) Se não me disser para quem era esta msg, eu juro que te mato!

Mas a melhor de todas foi essa:

8) Quem é?

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Introdução ao Direito

Primeiro dia de aula, todos os alunos sentados, aguardando o início da aula "Introdução ao Direito".

Entra uma pessoa na sala e cumprimenta todos, olha para um aluno que sentava na primeira fileira e pergunta:

- Qual seu nome?
- Chamo-me Nelson, senhor.
- Saia da sala e não volte nunca mais! - gritou desagradavelmente

Nelson, estava desconcertado, mas devido a rigidez com que fora tratado, levantou-se rapidamente e saiu da sala.

Todos os alunos assustados e indignados, porém ninguém falou nada.- Agora sim! Esbravejou. - Vamos começar.

- Para que servem as leis? Perguntou.

Seguiam assustados ainda os alunos, porém pouco a pouco, começaram a responder a pergunta:

- Para que haja ordem em nossa sociedade!
- Não! - respondeu com olhar de desaprovação
- Para cumpri-las, falou outro aluno.
- Não, respondeu novamente mais furioso.
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos!
- Não!, respondeu novamente. - Será que ninguém consegue me responder essa pergunta?
- Para que ha justiça, falou timidamente uma garota.
- Até que enfim! É isso. Para que haja justiça.

- E agora, para que serve a justiça?

Todos estavam incomodados pela forma grosseira e arrogante como estavam sendo tratados, porém seguiam respondendo.

- Para salvaguardar os direitos humanos.
- Bem, que mais? perguntou.
- Para diferenciar o certo do errado e para premiar quem faz o bem.

- Ok, não está mal porém respondam a esta pergunta.
Agi corretamente ao expulsar o Nelson da sala de aula?

Todos ficaram calados, ninguém respondia.

- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não! - responderam todos a uma só voz.

- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça? perguntou ele.
- Sim!

- E porque ninguém fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos de vontade necessária para pratica-las? Cada um de vocês, tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados nunca mais.

Vou buscar o Nelson, disse. Afinal, ele é o professor e eu sou aluno de outro período.

Conclusão: Quando não defendemos nossos direitos, perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia.


quarta-feira, 9 de novembro de 2016

COMO UM NEGRO, POBRE E GAY DECIDE SER LIBERAL?


Isso ofende os ricos de esquerda! Todo negro tem de ser vítima!Há realidades novas no país que não estão sendo percebidas pelas esquerdas e pela imprensa. Acordem, Carolinas! O mundo passa na janela, e só os partidários de Chico Buarque não veem

Setores da imprensa tentam esmagar aquilo que não entendem. Fazem pouco caso do que está fora da caixinha confortável dos seus preconceitos. E o Movimento Brasil Livre é o alvo principal desse rancor. Entendo o desconforto. Não é todo dia que se lida com jovens com uma bibliografia razoavelmente maior do que a da maioria dos jornalistas que, em tese ao menos, deveriam explicá-los ao leitor. Aí, sabem como é… Em vez de entender o que se passa na realidade, tarefa de um jornalista, melhor chamar a fonte de “otária”.

Kim Kataguiri, 19 anos, a face mais visível do MBL, irrita muita gente, já percebi — sobretudo porque mobiliza um número infinitamente maior de admiradores. É inteligente, carismático e sabe ser engraçado. Renan Santos, 31, um jovem notavelmente articulado e informado, provoca a fúria dos imbecis. E, mais do que os dois, há outro líder do MBL que leva os pançudos de esquerda a ter borborigmos estertorosos. Falo de Fernando Silva Bispo, conhecido por Fernando Holiday. Ele tem 18 ou 19 anos.

O rapaz é dono de uma retórica poderosa. Já o tinha visto na Internet. Eu o conheci pessoalmente no dia 29 de novembro. Participei de um papo sobre liberdade de imprensa no Primeiro Congresso do MBL, que reuniu umas 400 pessoas do Brasil inteiro.

Um jornalista chegou a ligar para Renan para fazer uma “reportagem”. Primeira pergunta: qual era a percentagem de negros do encontro? Segunda pergunta: “Vocês estão ganhando dinheiro vendendo Pixulecos?”. Nota: naquele dia, o MBL há havia feito oficinas e discutido em vários grupos de trabalho, entre outras miudezas, configuração do estado brasileiro, programas sociais e distribuição de renda, reparação social e cooptação política…

Renan mandou o repórter ir pastar e disse que tinha mais o que fazer. Adiante.

Fernando Holiday é negro, gay e pobre. Mora na periferia. A mãe é auxiliar de enfermagem, e o pai é garçom. O garoto fala com uma fluência e com uma clareza como raramente vi. Fez naquele dia 29 uma síntese dos trabalhos do Congresso impressionante. Ele pensa bem. Ele fala bem. Ele é senhor de si.

“A esquerda que governou este país só sabe reclamar, só sabe se vitimizar. Mas eu quero dizer que eu, como negro, como pobre, como homossexual, não me vitimizo. Eu venho aqui, eu vou a qualquer lugar, porque eu quero lutar, eu quero alcançar o meu sucesso, não me rastejar atrás do estado.”

Pois é… Como conviver com isso, não é mesmo?

Não! O fato de Fernando ser negro não o torna nem mais nem menos habilitado intelectualmente para falar de cotas. O fato de ser gay não o torna nem mais nem menos habilitado intelectualmente para falar de diversidade sexual. O fato de ser pobre não o torna nem mais nem menos habilitado intelectualmente para falar das políticas de distribuição de renda.

Fernando fala sobre cada uma dessas coisas como indivíduo que está no mundo, debatendo políticas públicas, e não aceita que o condenem a um nicho da militância. Afinal, os jornalistas branquinhos da esquerda chique aprenderam que gente como ele tem é de estar em movimento social do PT. Que ousadia um negro pobre e gay ser aquilo que eles próprios não são: um liberal!

O rapaz dá um nó na cabeça da turma. Afinal, eles são esquerdistas pensando justamente em pessoas como Fernando. É um horror que um negro gay e pobre não deixe os branquinhos de boa consciência esmagá-lo com a sua mão piedosa! É um absurdo que um negro gay e pobre não vá procurar a proteção de Guilherme Boulos, o branco bem-nascido de esquerda, que vai render os seus ditos sem-teto aos pés de Dilma na quarta-feira.

Caramba! Essa gente toda gostaria de ensinar Fernando a ser um bom negro, um bom gay e um bom pobre.
Há algo de profundamente novo e auspicioso no país quando Fernando Holiday fala. E há algo de profundamente errado com a imprensa quando não percebe isso.

Eu me despedi de Fernando naquele domingo assim: “Eu quero votar em você para vereador, pouco importa o partido em que você esteja”. Nem sei se ele tem um. Nem sei se vai se candidatar. Mas eu gostaria muito de votar nele.

Acordem, Carolinas! O mundo está passando na janela, e só os partidários de Chico Buarque não veem.

Reinaldo Azevedo
 

ATRASO IDEOLÓGICO


A maneira mais fácil e também mais desonesta de contestar opiniões que divergem das nossas é tentar desacreditá-las. Tal procedimento, além de torpe, é prejudicial à elucidação de questões que muitas vezes envolvem interesses fundamentais. Isso ocorre frequentemente quando estão em jogo problemas políticos e ideológicos, o que dificulta o entendimento de problemas vitais para o país.

Faço essas considerações porque acredito que uma das funções do jornalismo é informar e contribuir para o esclarecimento das questões de interesse público.

Eu, que militei no Partido Comunista Brasileiro, convencido de que o marxismo era o caminho para a construção de uma sociedade fraterna e justa, deixei de acreditar nisso em consequência das experiências que vivi e do próprio fracasso daquele projeto revolucionário em nível nacional e internacional.

Já tive oportunidade de manifestar minha opinião sobre esse fato, mas, qualquer que seja o diagnóstico, a verdade é que o grande sonho da sociedade proletária se desfez definitivamente. Há, porém, os que não desistem de suas convicções e há também os que se aproveitam da boa-fé das pessoas para substituir o sonho socialista pelo que intitulo de "populismo de esquerda", que se constata hoje em alguns países da América Latina, como Venezuela, Bolívia, Argentina, Equador e Brasil.

Em cada um desses países, o tal populismo assume uma forma específica, mas em todos eles o discurso ideológico substitui a luta da classe operária contra a burguesia pela luta dos pobres contra os ricos, que Lula apelidou de "elite branca".

Esse populismo se caracteriza, de um lado, por programas assistencialistas e, de outro, por um discurso anticapitalista que, como no caso do Brasil, é só para inglês ver, uma vez que seus principais sócios são grandes empresas. A operação Lava Jato revelou à opinião pública brasileira a extensão do "conluio" montado pelo governo populista, em aliança com empresários, para saquear a Petrobras e outras empresas estatais.

A ação desse populismo de esquerda no governo do país é a causa principal da situação caótica a que o Brasil foi arrastado nestes quase 13 anos de gestão petista. O Programa Bolsa Família, montado com objetivo eleitoral, se atenuou a carência de famílias miseráveis, em vez de resolver o problema da pobreza, estimula uma grande massa de trabalhadores a não mais trabalhar.

Por outro lado, o programa Minha Casa, Minha Vida constrói conjuntos residenciais muitas vezes em lugares inacessíveis e de péssima qualidade (muitos deles já estão caindo aos pedaços). Também, neste caso, a troca de interesses deixa as construtoras à vontade para usarem o material mais barato e construírem de qualquer forma, já que o governo não as fiscaliza, pois são todos amigos.

O aumento das famílias atendidas pelo Bolsa Família –calculado em mais de 30 milhões– e os gastos com o programa Minha Casa, Minha Vida podem ser a razão que levou Dilma a violar a lei de responsabilidade fiscal, tomando empréstimo de bancos públicos sem condições de ressarci-los.

Quando Aécio Neves, na campanha eleitoral, denunciou o estado crítico das finanças do país, ela o chamou de mentiroso e garantiu que a situação das contas era ótima. Ganhou as eleições e logo começou a fazer o contrário do que afirmara. Mas o desastre dos governos petistas não se limita aos gastos demagógicos e à corrupção. Atinge a estrutura econômica do país, anulando-lhe o crescimento e provocando desemprego e inflação.

Aliando demagogia e incompetência, os petistas deram pouca atenção aos Estados Unidos e à Europa – parceiros comerciais importantes do Brasil– e voltaram-se para o mercado sul-americano –o Mercosul. Para agravar nossa situação econômica daqui para diante, os Estados Unidos e o Japão montaram uma aliança comercial que representa 40% do comércio mundial e da qual estamos fora. E fora também estaremos de outra aliança, que incluirá os norte-americanos e os europeus.

Nisso é que dá atraso ideológico somado a incompetência.

Ferreira Gullar
 

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Nota de falecimento

Faleceu neste domingo último o Partido dos Trabalhadores, vulgo PT, aos 36 anos de idade. A autópsia revelou a causa mortis: concussão eleitoral agravada por uma infecção parasitária generalizada. 

O falecido deixa um filho, Partido Socialismo e Liberdade, 12 anos de idade, e milhares de viúvas espalhadas pelos bairros nobres, redações, universidades e escolas do país.

Durante a autópsia, ao abrirem o crânio, os médicos encontraram evidências de uma malformação congênita que impede o desenvolvimento do cérebro e causa danos irreparáveis na criança. Não há ainda uma explicação de como o falecido conseguiu sobreviver até a idade adulta carregando essa condição, mas uma equipe de pesquisadores tenta no momento correlacionar esta anomalia ao local onde ele nasceu e viveu – eles esperam provar que em nenhum outro país do mundo alguém com uma condição dessas passaria do primeiro ano de vida.

O falecido deixou apenas dívidas, e não haverá mais mesada para nenhuma das milhares de viúvas.

Durante a abertura do tórax e da investigação das vísceras, os médicos encontraram uma quantidade de parasitas extremamente anormal, algo nunca antes registrado na história da medicina. De acordo com o médico-legista responsável, “uma pessoa não consegue viver com tantos parasitas sugando os suprimentos energéticos que deveriam alimentar todo o corpo. Esta morte era inevitável. Não existe cura para um estágio tão absurdamente avançado de infecção”.

A análise do conteúdo do estômago comprovou algo que relatos anteriores já tinham registrado: o falecido tinha um transtorno alimentar sério, e só se alimentava de dinheiro sujo. Parentes próximos disseram que, alguns anos atrás, na época do mensalão, o falecido tinha dito que iria se tratar, que procuraria uma clínica e ajuda psicológica, mas que tudo não passou de encenação. O hábito vicioso de se alimentar com dinheiro sujo causou uma falência do sistema gastrointestinal, além da destruição do fígado por toxinas. Nem mesmo uma equipe de médicos cubanos, especialista no assunto, foi capaz de salvar o moribundo.

O infortúnio familiar se completou com a notícia de que o filho do falecido (conhecido pelos amigos como PSol) se encontra em coma, respirando por aparelhos. Os médicos dizem que o menino apresenta uma malformação congênita semelhante à do pai, e que suas chances de sobrevivência são muito pequenas. De acordo com os registros médicos, PSol apresenta um índice de crescimento negativo – está menor aos 12 anos de idade do que era aos 8 – e sofreu um trauma extenso durante sua última viagem ao Rio de Janeiro.

Uma fonte sigilosa de dentro do hospital disse que “estão tentando esconder, mas o menino já está morto”.

Enquanto isso, milhares de viúvas choram inconsoláveis, principalmente depois de terem descoberto que o falecido deixou apenas dívidas, e que não haverá mais mesada para nenhuma delas. Curiosamente, consultórios de psiquiatria da zona sul do Rio de Janeiro apresentaram um aumento de 80% em número de pacientes. 

Houve também diversos atendimentos a suicidas feitos pela linha de emergência da polícia, muitos deles usando nomes de artistas brasileiros famosos. O delegado responsável não quis se pronunciar sobre o caso quando perguntado se os suicidas eram realmente artistas famosos ou se apenas usaram os nomes para ocultar sua identidade. 

Disse ele: “Não vou comentar sobre o caso, não vou confirmar para vocês que são artistas de verdade, porque minha mulher não vive sem novela. Entendam o que quiserem”.

O enterro está marcado para 1.º de janeiro de 2017, em local ainda a ser divulgado.

Sem mais. Flavio Quintela

colunagp@flavioquintela.com 

http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/colunistas/flavio-quintela/nota-de-falecimento-bo8krh64mheck5q9k8jcvr80r

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

SALADA PARTIDÁRIA

No último ano, mais 3 partidos políticos foram aprovados para funcionar pelo TSE.




O NOVO - PARTIDO NOVO (Presidente é JOÃO DIONÍSIO FILGUEIRA B. AMOÊDO) e usa o número 30.
A REDE - REDE SUSTENTABILIDADE (Presidente GABRIELA BARBOSA BATISTA ou será Marina Silva?) usa o número 18.
O último aprovado ontem é o mais emblemático, PMB - PARTIDO DA MULHER BRASILEIRA (Presidente SUÊD HAIDAR NOGUEIRA) e usa o número 35.
Com esses 3 já soma 35 o número de Partidos existentes nesse "brasilão".
E PASMEM, TEMOS MAIS 38 SIGLAS EM FORMAÇÃO. FALTOU SÓ O PQP E O FDP, PORQUE O RESTO TEREMOS:
ARENA - ALIANÇA RENOVADORA NACIONAL
ECO - ECOLÓGICO
IDE - IGUALDADE
MB - PARTIDO MUDA BRASIL
NOS - NOVA ORDEM SOCIAL
PAI DO BRASIL - PARTIDO DOS PENSIONISTAS, APOSENTADOS E IDOSOS DO BRASIL
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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Cota para mulheres cria 15 mil candidatas “fantasmas” para preencher vagas obrigatórias


As mulheres são mais da metade da população brasileira, mas têm presença ainda muito pequena na política. 

Para tentar mudar isso, o certo seria incentivar mulheres a participar mais da política. No entanto, os políticos criaram uma lei em 2009 que determinou uma cota mínima de 30% de mulheres candidatas nas eleições proporcionais. 

O problema é que não adianta disponibilizar vagas se não há interesse por parte do público feminino. 

O resultado da lei criou quase 15 mil candidatas a vereadora sem nenhum voto. Como os partidos não conseguem atrair mulheres, eles acabam criando candidatas fantasmas pare cumprir a cota. 

Ou seja, ao invés de estimular as mulheres na política, a intervenção do estado desvalorizou ainda mais as mulheres. Aquelas que realmente tem interesse acaba tendo que disputar com outras mulheres que estão na política apenas para cumprir cota.
Por Camilo Caetano

Veja a reportagem do Jornal Nacional:

Fonte: http://www.ilisp.org/noticias/cota-para-mulheres-cria-15-mil-candidatas-fantasmas-para-preencher-vagas-obrigatorias-assista/