sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Zika pode ser sexualmente transmissível

Já encontraram o vírus em amostras de sêmen, e um provável caso de transmissão sexual foi relatado em 2008, quando a doença ainda não era uma epidemia. E agora?

Depois de anunciar que a Zika provavelmente vai se espalhar por todos os países da América, exceto Canadá e Chile, a OMS apontou que a doença pode ser sexualmente transmissível, apesar do número limitado de casos relatados. "O vírus da Zika foi isolado no sêmen humano, e um caso de uma possível transmissão sexual foi descrito. Mas são necessárias mais evidências para confirmar se o contato sexual é um meio de transmissão", disse a organização.

O primeiro caso conhecido, como relata o The New York Times, aconteceu em 2008, quando o professor de biologia Brian Foy, da Universidade do Colorado, foi para o Senegal com um aluno, Kevin Kobylinski, em busca de mosquitos para um estudo sobre a malária. Uma semana depois de retornarem para o Colorado, ambos começaram a sentir dores de cabeças, fatiga e erupções cutâneas. Alguns dias depois, a esposa do biólogo começou a sentir os mesmos sintomas. Até aí, nenhuma novidade: muitas doenças causam esses mesmos problemas.

Os três se recuperaram, mas, algum tempo depois, Foy sentiu dores na genitália e sangue apareceu em seu sêmen. Exames mostraram que nem o professor, sua mulher ou o aluno estavam infectados com malária, dengue e febre amarela, doenças típicas da região oeste da África. Um ano depois, Kobylinski voltou ao Senegal, e conheceu um cientista que disse que o caso poderia estar relacionado à Zika. As amostras de sangue, que haviam sido congeladas, deram positivo. A dúvida era como a esposa, Joy Foy, também foi infectada. Como ela não tinha saído do Colorado, Estado com contagem zero de mosquitos Aedes aegypti, a explicação mais plausível era a de que ela tinha contraído o vírus através do sexo - eles disseram que se relacionaram pouco tempo depois do retorno do biólogo.

Foy afirma que tentou arrecadar recursos para estudar o vírus e sua transmissão. Mas, em 2008, o interesse pela Zika era mínimo. Se as pesquisas tivessem sido feitas, quem sabe, muitas complicações de hoje, como a epidemia de microcefalia, poderiam ter sido poupadas.

O outro caso, mais recente, aconteceu em 2013, durante o surto da doença na Polinésia Francesa. Analisando o sêmen de um homem de 44 anos, cientistas franceses encontraram altos níveis do vírus, mesmo quando ele não estava mais presente no sangue. A urina também estava contaminada. O episódio também não foi levado adiante, e os pesquisadores não sabem por quanto tempo a Zika ficou no corpo do paciente.

Não se sabe ao certo se a Zika é mesmo sexualmente transmissível. Mas agora, dada a situação alarmante, novas pesquisas não devem demorar a sair. De qualquer forma, o diretor do Instituto de Infecções Humanas e Imunidade, da Universidade do Texas, Scott Weaver, deixa a recomendação: "Se eu fosse homem e constraísse o vírus, esperaria alguns meses antes de fazer sexo sem proteção".

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Mulheres que tomam cerveja têm menos chances de infartar



A cerveja, se apreciada com moderação, protege as mulheres do risco de infartos. Este é o principal resultado de um estudo da Sahlgrenska Academy, centro de pesquisas da Universidade de Gothenburg, na Suécia.

Segundo os cientistas, as mulheres que bebem uma cerveja, uma ou duas vezes por semana, têm 30% a menos de chances de infartar em relação às que consomem quantidades elevadas da bebida ou às que não tomam nada.

Além disso, a pesquisa demonstrou uma conexão estatística significativa entre um elevado consumo de destilados por parte das mulheres – frequência maior que apenas uma ou duas vezes por mês – e um risco de quase 50% a mais de morte por câncer.

Publicado na revista científica “Journal of Primary Health Care”, o estudo foi realizado durante quase 50 anos, sendo que em 32 deles, de 1968 a 2000, 1,5 mil mulheres de meia idade preencheram um formulário sobre o seu consumo de vinho, cerveja e destilados e os vários sintomas de doenças que tinham.

Dos resultados, descobriu-se que 185 das mulheres que contribuíram para o estudo sofreram com infarto; 162, com derrame; 160, com diabetes; e 345, com câncer.

sábado, 16 de janeiro de 2016

A Opressão da Pedagogia de Paulo Freire

A primeira vez que ouvi falar de Paulo Freire foi na universidade, num curso chamado “A Escola no Mundo contemporâneo”, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH – USP). Sempre que a professora citava frases e textos do Paulo Freire, quase todos os estudantes exaltavam profunda alegria, como se tivessem chegado a um orgasmo. Confesso que, a princípio, era bastante leigo no assunto e, por esse motivo, pensei que Paulo Freire realmente era um educador de respeito. Somente no decorrer do curso, depois da turma ter visitado duas escolas do MST junto com a professora, que comecei a desconfiar dessas “teorias lindas” que foram apresentadas lá no curso. É necessário estudar nossos inimigos e, por essa razão, li A Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire e pretendo, através deste artigo, desmascarar esse charlatão e alertar o leitor sensato do mal que seu método faz em qualquer lugar que é aplicado.
Logo no início do livro “A Pedagogia do Oprimido”, Freire fala da necessidade de “conscientizar” as pessoas, colocando na cabeça de cada uma delas que elas são oprimidas e que, por essa razão, precisam ter a “consciência crítica” para “se libertarem” da opressão e de seus opressores. A princípio, isso é realmente lindo! Mas, não vou fazer como muitos professores de universidades fazem e parar por aqui. Vamos seguir adiante e ir até o final.
Nas Primeiras Palavras do livro, Freire relata que, durante seus cursos, muitos participantes o questionavam, alegando que essa tal “consciência crítica” era anárquica e que ela poderá conduzir à desordem. Segundo Freire, quem fazia isso demonstrava ter “medo da liberdade”. Ainda nesta parte introdutória do livro, ele afirma que seu ensaio poderá provocar “reações sectárias” num grupo de pessoas que ele rotula de “reacionários”. Assim, Paulo Freire, logo no início, já solta a primeira pérola de seu livro, escrevendo que seu trabalho foi feito apenas para “homens radicais” e, entre esses homens, estão os marxistas. Ainda se referindo aos seus leitores marxistas, ele escreve que Na medida, porém, em que, sectariamente, assumam posições fechadas, “irracionais”, rechaçarão o diálogo que pretendemos estabelecer através deste livro.
Ainda nesta introdução, vale a pena destacar algumas partes que irei analisar posteriormente:
O sectário, por sua vez, qualquer que seja a opção de onde parta na sua “irracionalidade” que o cega, não percebe ou não pode perceber a dinâmica da realidade ou a percebe equivocadamente.
Até quando se pensa dialético, a sua é uma “dialética domesticada”.
Esta é a razão, por exemplo, por que o sectário de direita que, no nosso ensaio anterior, chamamos de “sectário de nascença”, pretende frear o processo, “domesticar o tempo” e, assim, os homens. Esta é a razão também porque o homem de esquerda, ao sectarizar-se, se equivoca totalmente na sua interpretação “dialética” da realidade, da história, deixando-se cair em posições fundamentalmente fatalistas.
Ou seja, Paulo Freire é um ser “iluminado” que, arrogantemente, rotula todos aqueles que não concordam com sua pedagogia de “sectários irracionais” , incluindo esquerdistas que, por ventura, possam discordar de seu “ensaio iluminado”, e afirma que os “sectários” são alienados e que, por essa razão, não podem interpretar a realidade ou a história. Logo adiante, ele diz que somente algum “radical” pode “libertar” o homem da opressão.
No final desta introdução, ele escreve que:
O radical, comprometido com a libertação dos homens, não se deixa prender em “círculos de segurança”, nos quais aprisione também a realidade. Tão mais radical, quanto mais se inscreve nesta realidade para, conhecendo-a melhor, melhor poder transformá-la.”. Além disso, finaliza com a seguinte mensagem:
Se a sectarização, como afirmamos, é o próprio do reacionário, a radicalização é o próprio do revolucionário. Daí que a pedagogia do oprimido, que implica numa tarefa radical, cujas linhas introdutórias pretendemos apresentar neste ensaio e a própria leitura deste texto não possam ser realizadas por sectários”.
Paulo Freire quer “libertar” os oprimidos, mas, nesse trecho, ele fala que apenas quem concorda com ele poderá ler seu livro. Ninguém pode criticar seu ensaio! No final, apenas Freire e seus seguidores, que o tratam como um ser divino, serão doutrinados… Ops! Quero dizer, “libertados”…
É interessante fazer um parêntese importante aqui para salientar que, na história da humanidade, cada vez que um louco surgiu fazendo discursos semelhantes ao do Freire, alegando que desejava “libertar” seu povo da opressão e “transformar a realidade”, milhões de inocentes pagaram com suas vidas e seus sangues foram derramados em nome de tais “libertações”… Lênin, Stalin, Hitler, Mao e Fidel Castro que o digam!
Freire demonstra, aparentemente, estar preocupado com a liberdade dos oprimidos, mas solta mais pérolas no seu ensaio, citando várias vezes, com admiração, Karl Marx e Friedrich Engels, que são considerados os pais do comunismo. A história nos ensinou que liberdade e comunismo não combinam, pois são coisas incompatíveis. Mesmo assim, de maneira muito cínica, Freire ignora esse fato e continua sua novela marxista, frisando que os oprimidos devem superar seus medos e “se libertarem” da opressão, mas sem se transformarem em novos opressores. É o mesmo clichê marxista que os ditadores socialistas, inimigos da liberdade, usaram no decorrer da história, para fazer exatamente o oposto do que eles prometeram e sufocar as liberdades individuais dos indivíduos. Se realmente quisesse criar um ensaio para libertar os oprimidos, rumo à liberdade, então não deveria adicionar Marx e Engels como um dos ingredientes principais de seu livro. Freire ignora tudo isso, demonstrando não compreender a história. Talvez se ele fosse um “sectário”, compreenderia melhor a história…
Freire insiste que os oprimidos devem se conscientizar que são oprimidos e, para ele, a única maneira deles conquistarem a liberdade é através da revolução (oh, quanta originalidade!), sendo necessário haver prática, e não apenas teoria. Segundo Freire, um empregado que trabalhava na zona rural e que, posteriormente, passa a ser dono de terras, tornando-se assim o patrão de novos empregados, não conquistou nada, pois ele passou a ser o novo opressor. Ele só será “libertado” se fizer, junto com outros, a tal revolução. Que raciocínio estúpido! Sua argumentação não passa de uma verdadeira armadilha, um círculo vicioso que, infelizmente, engana muitos universitários por aí.
No livro, Paulo Freire critica o que ele chama de “educação bancária”. A educação bancária, segundo ele, é aquela cujo educador é um mero narrador que apenas “deposita” conteúdos para os alunos, deixando de lado a tão desejada “conscientização” da realidade opressora que o aluno supostamente sofre. Ensinar gramática, matemática ou qualquer outra disciplina é algo que Freire considera ser inútil, pois apenas aliena os educandos e não “liberta” eles da opressão. No próprio livro ele escreve que ensinar quanto é quatro vezes quatro para os alunos é algo vazio, alienador e que mantém os opressores no poder. A educação, para ele, não deve ser bancária, e sim “libertadora”.
De fato, Paulo Freire fez um excelente trabalho escrevendo porcarias como “A Pedagogia do Oprimido” que, posteriormente, influenciaram, e continuam influenciando, muitos “educadores” e “professores” no Brasil inteiro, que quando entram nas salas de aulas, se preocupam mais em transformar seus alunos em “vítimas sociais” do que com qualquer outra coisa. Os resultados disso, que são consequências das aplicações desses modelos freireanos e socioconstrutivistas nas escolas e universidades, são as piores colocações nos ranks internacionais referentes à educação. Eu poderia citar vários aqui, mas não vou. No meu último artigo escrevi sobre os 53 mil candidatos do ENEM que zeraram suas redações. Viva Paulo Freire, o patrono da educação brasileira!
Há uma parte no livro que Freire relata que, em um de seus cursos, um operário falou que “Talvez seja eu, entre os senhores, o único de origem operária. Não posso dizer que haja entendido todas as palavras que foram ditas aqui, mas uma coisa posso afirmar: cheguei a esse curso ingênuo e, ao descobrir-me ingênuo, comecei a tornar-me crítico. Esta descoberta, contudo, nem me faz fanático, nem me dá a sensação de desmoronamento”. Para Freire, o ideal é: ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo. Ou seja, o professor não deve manter sua autoridade, e sim ignorar os anos que ele passou estudando e “aprender” e “construir” junto com seus alunos, observando o mundo. Resumindo: burros éramos e burros ficamos.
As técnicas que Freire inventou não foram aplicadas somente no Brasil, mas também em Porto Rico, Guiné Bissau e outros lugares. O fato é que nenhum desses lugares produziu redução das taxas de analfabetismo. Por acaso você conhece algum cientista competente que foi alfabetizado pelo método Paulo Freire?
No artigo “Viva Paulo Freire!”, do professor Olavo de Carvalho, há diversos depoimentos de pessoas que trabalharam com Freire, desde colaboradores até admiradores, e vale a pena ler esses depoimentos que seguem abaixo:
Eis algumas das conclusões a que chegaram, por experiência, os colaboradores e admiradores do sr. Freire:
“Não há originalidade no que ele diz, é a mesma conversa de sempre. Sua alternativa à perspectiva global é retórica bolorenta. Ele é um teórico político e ideológico, não um educador.” (John Egerton, “Searching for Freire”,Saturday Review of Education, Abril de 1973.)
“Ele deixa questões básicas sem resposta. Não poderia a ‘conscientização’ ser um outro modo de anestesiar e manipular as massas? Que novos controles sociais, fora os simples verbalismos, serão usados para implementar sua política social? Como Freire concilia a sua ideologia humanista e libertadora com a conclusão lógica da sua pedagogia, a violência da mudança revolucionária?” (David M. Fetterman, “Review of The Politics of Education”,American Anthropologist, Março 1986.)
“[No livro de Freire] não chegamos nem perto dos tais oprimidos. Quem são eles? A definição de Freire parece ser ‘qualquer um que não seja um opressor’. Vagueza, redundâncias, tautologias, repetições sem fim provocam o tédio, não a ação.” (Rozanne Knudson, Resenha da Pedagogy of the Oppressed; Library Journal, Abril, 1971.)
“A ‘conscientização’ é um projeto de indivíduos de classe alta dirigido à população de classe baixa. Somada a essa arrogância vem a irritação recorrente com ‘aquelas pessoas’ que teimosamente recusam a salvação tão benevolentemente oferecida: ‘Como podem ser tão cegas?’” (Peter L. Berger,Pyramids of Sacrifice, Basic Books, 1974.)
“Alguns vêem a ‘conscientização’ quase como uma nova religião e Paulo Freire como o seu sumo sacerdote. Outros a vêem como puro vazio e Paulo Freire como o principal saco de vento.” (David Millwood, “Conscientization and What It’s All About”, New Internationalist, Junho de 1974.)
“A Pedagogia do Oprimido não ajuda a entender nem as revoluções nem a educação em geral.” (Wayne J. Urban, “Comments on Paulo Freire”, comunicação apresentada à American Educational Studies Association em Chicago, 23 de Fevereiro de 1972.)
“Sua aparente inabilidade de dar um passo atrás e deixar o estudante vivenciar a intuição crítica nos seus próprios termos reduziu Freire ao papel de um guru ideológico flutuando acima da prática.” (Rolland G. Paulston, “Ways of Seeing Education and Social Change in Latin America”, Latin American Research Review.Vol. 27, No. 3, 1992.)
“Algumas pessoas que trabalharam com Freire estão começando a compreender que os métodos dele tornam possível ser crítico a respeito de tudo, menos desses métodos mesmos.” (Bruce O. Boston, “Paulo Freire”, em Stanley Grabowski, ed., Paulo Freire, Syracuse University Publications in Continuing Education, 1972.)
Outros julgamentos do mesmo teor encontram-se na página de John Ohliger, um dos muitos devotos desiludidos (http://www.bmartin.cc/dissent/documents/Facundo/Ohliger1.html#I).
Não há ali uma única crítica assinada por direitista ou por pessoa alheia às práticas de Freire. Só julgamentos de quem concedeu anos de vida a seguir os ensinamentos da criatura, e viu com seus própios olhos que a pedagogia do oprimido não passava, no fim das contas, de uma opressão da pedagogia.

Neste artigo apontei uma das principais causas do problema da educação brasileira ser tão precária e miserável. Pretendo, em breve, fazer outro mostrando possíveis soluções para corrigir e endireitar o Brasil. Finalizo este artigo afirmando que Paulo Freire me libertou… Deste câncer chamado de Pedagogia do Oprimido. Mais educação bancária e menos educação “libertadora”!
Fonte: http://olharatual.com.br/a-opressao-da-pedagogia-de-paulo-freire/

Judeus tiveram papel fundamental na fundação dos Estados Unidos

Em 1492, Colombo foi enviado para descobrir uma rota marítima para a Índia e China. Ele foi enviado pelos monarcas espanhóis Fernando e Isabel, que haviam acabado de libertar a Espanha de 700 anos dos exércitos muçulmanos de ocupação.
Estátua de Robert Morris, à esquerda, George Washington, no centro, e do financista judeu Haym Solomon, à direita, em Chicago

A Espanha então forçou os judeus sefarditas a fugir.
Alguns judeus foram para o Império Otomano, e alguns foram para Portugal e então foram para Amsterdã. De Amsterdã, alguns judeus acompanharam, de navio, mercadores holandeses para a América do Sul, se estabelecendo na cidade de Recife. Em Recife, eles construíram a primeira sinagoga do continente americano, a Sinagoga Kahal Zur Israel.
Quando a Espanha e Portugal atacaram Recife, os judeus fugiram de novo.
Vinte três foram de navio para Port Royal, na Jamaica. Daí, no navio francês Sainte Catherine, eles chegaram em 1654 à Colônia Holandesa de Nova Amsterdã, se tornando os primeiros judeus da América do Norte.
O governador holandês Peter Stuyvesant tentou expulsá-los, mas eles tiveram permissão de ficar, pois a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais na Holanda considerava a Espanha e Portugal seus principais inimigos, não os judeus ou outros dissidentes.
Os holandeses estavam numa disputa mundial com a Espanha e Portugal para possuir a Indonésia, a Índia, a África e a América do Sul, de modo que eles queriam rapidamente povoar a colônia da Nova Holanda para defendê-la e fazê-la dar lucro.
Em 1663, a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, embora estivesse estabelecendo oficialmente a fé reformada holandesa, instruiu Peter Stuyvesant com relação aos quacres “e outros membros de seitas”: “Precisamos favorecer a imigração… nesta fase inicial da existência do país. Portanto, você pode fechar seus olhos, pelo menos não forçando nada na consciência das pessoas, mas permitindo que todos tenham suas próprias crenças, enquanto se conduzirem de forma pacífica e de acordo com as leis, não afrontando seus vizinhos e não se opondo ao governo.”
Os judeus na Nova Amsterdã não tinham permissão de fazer reuniões religiosas fora de seus lares nem de se juntar ao exército municipal que protegia a cidade.
Então, em 1664, exércitos britânicos assumiram o controle da Nova Amsterdã, mudando seu nome para Nova Iorque, e os judeus ganharam mais liberdade.
Em 1730, os cidadãos judeus de Nova Iorque compraram terra e construíram a pequena “Sinagoga da Rua Mill,” a primeira sinagoga da América do Norte.
Durante a era colonial, a população dos Estados Unidos aumentou para 3 milhões, com uma população judaica de cerca de 2 mil em sete congregações sefarditas:
·         A congregação Shearith Israel, na cidade de Nova Iorque, começou em 1655;
·         A congregação Yeshuat Israel, em Newport, Rhode Island, começou em 1658;
·         A congregação Mickve Israel, em Savannah, Georgia, começou em 1733;
·         A congregação Mikveh Israel, na Filadélfia, começou em 1740;
·         A congregação Shaarai Shomayim, em Lancaster, Pensilvânia, começou em 1747;
·         A congregação Kahal Kadosh Beth Elohim, Charleston, na Carolina do Sul, começou em 1749;
·         E a congregação Kahal Kadosh Beth Shalom, Richmond, Virgínia, começou em 1789.
Desde o terceiro século, o ensinamento do Rabino Samuel da Babilônia, de que “a lei da terra é a lei,” resultou em que os judeus se refreavam de tentar mudar sua situação política. A Guerra Revolucionária Americana foi a primeira vez desde o exílio deles de Jerusalém que os judeus lutaram ao lado de vizinhos cristãos como iguais na luta pela liberdade.
Mercadores judeus, como Aaron Lopez de Newport e Isaac Moses da Filadélfia, manobravam seus navios através dos bloqueios britânicos para fornecer roupas, armas, pólvora e alimento para os necessitados soldados revolucionários. Alguns mercadores perderam tudo.
Um número estimado de 160 judeus lutaram no Exército Americano Continental durante a Guerra Revolucionária, tais como o tenente Solomon Bush e Francis Salvador da Carolina do Sul, o primeiro deputado estadual judeu, que foi morto numa batalha da Guerra Revolucionária; Mordecai Sheftall de Savannah era vice-diretor do serviço de intendência para as tropas americanas, em 1778; Abigail Minis supria provisões para os soldados americanos em 1779; e Reuben Etting de Baltimore lutou e foi nomeado delegado federal para Maryland pelo presidente Jefferson, em 1801.
O Dr. Philip Moses Russell, médico judeu de George Washington, sofreu com ele no Vale Forge.
O presidente Calvin Coolidge relatou em 3 de maio de 1925: “Haym Solomon, financista judeu polonês da Revolução. Nascido na Polônia, foi feito prisioneiro dos exércitos britânicos em Nova Iorque, e quando escapou estabeleceu seus negócios na Filadélfia. Ele negociou para Robert Morris todos os empréstimos levantados na França e Holanda, empenhou sua fé e fortuna pessoal em prol de quantias enormes, e pessoalmente adiantou grandes montantes para homens como James Madison, Thomas Jefferson, Baron Steuben, General St. Clair e muitos outros líderes patriotas que testificaram que sem a ajuda dele eles não teriam conseguido avançar a causa.”
Em 1975, um selo postal dos EUA honrou Haym Solomon, com a mensagem: “O empresário, financista, corretor e herói Haym Solomon foi responsável por levantar a maior parte do dinheiro necessário para financiar a Revolução Americana e mais tarde salvou a nova nação do colapso.”
George Washington enviou cartas para a Congregação Judaica de Newport, Rhode Island, e de Savannah, Georgia, declarando: “Que a mesma Deidade operadora de maravilhas, a qual muito tempo atrás livrou os hebreus de seus opressores egípcios, os plantou numa terra prometida, cuja intervenção providencial foi nos últimos tempos evidente na fundação dos Estados Unidos como nação independente, continue a regá-los com orvalhos do céu.”
Judeus asquenazes eram poucos nos EUA até que uma perseguição na Bavária na década de 1830 resultou na imigração de muitos milhares.
O presidente Martin Van Buren enviou uma carta aos turcos otomanos muçulmanos pedindo-lhes que parassem de matar os judeus na Síria. Foi uma carta “em prol de uma raça oprimida e perseguida, que tem parentes que são alguns dos cidadãos americanos mais dignos e patriotas.”
David Yulee, “Pai das Ferrovias da Flórida,” foi o primeiro judeu eleito ao Senado dos EUA em 1845. Ele foi acompanhado em 1853 pelo senador Judah P. Benjamin da Louisiana.
O governador David Emanuel da Georgia foi o primeiro governador judeu de um estado dos EUA.
Em 1818, Solomon Jacobs foi prefeito de Richmond, Virginia.
Uriah P. Levy foi o primeiro comodoro judeu da Marinha dos EUA, lutando na Guerra de 1812 e comandando a esquadra do Mediterrâneo. Ele foi responsável por acabar com a prática de punição de chicote na Marinha. Uma capela em Annapolis e um destroier da 2ª Guerra Mundial ganharam o nome dele.
Quando a casa Monticello do presidente Jefferson estava caindo em ruínas, Levy a comprou em 1836, consertou-a e a abriu ao público. Ele comissionou a construção da estátua de Jefferson que está na rotunda do Capitólio dos EUA.
Samuel Mayer Isaacs, editor do jornal Jewish Messenger (Mensageiro Judaico), escreveu acerca dos Estados Unidos em 28 de dezembro de 1860: “Esta república foi a primeira a reconhecer nossas reivindicações de igualdade, com homens de quaisquer denominações religiosas. Aqui podemos nos sentar cada um debaixo de sua videira e figueira, sem ninguém para nos amedrontar.”
Em 1862, o jornal London Jewish Chronicle (Crônica Judaica de Londres) noticiou: “Agora temos algumas palavras dos judeus dos Estados Unidos em geral… Tendo a Constituição estabelecido perfeita liberdade religiosa, os judeus eram livres nos EUA… Eles… num tempo comparativamente curto, prosperaram e tiveram sucesso ali num grau que nunca aconteceu na Europa.”
Na época da Guerra Civil, a população dos Estados Unidos era 31 milhões, inclusive em torno de 150 mil judeus. Um número estimado de 7 mil judeus lutou no exército da União e 3 mil lutou no exército confederado, com cerca de 600 soldados judeus morrendo em batalha.
Os generais judeus da União eram: Leopold Blumenberg; Frederick Knefler; Edward S. Salomon e Frederick C. Salomon.
Os oficiais confederados judeus incluíam: Judah P. Benjamin, ministro da Guerra; coronel Abraham Charles Myers, general intendente; e o Dr. David Camden DeLeon, ministro da Saúde. O Dr. Simon Baruch, que era cirurgião, serviu na equipe pessoal do general Robert E. Lee.
O major Raphael J. Moses era o Oficial Comissário da Georgia e depois da guerra começou uma indústria de pêssegos na Georgia.
Enquanto que o primeiro capelão católico do Exército dos EUA foi nomeado durante a Guerra entre EUA e México, o primeiro capelão judeu foi nomeado durante a Guerra Civil, o Rev. Jacob Frankel, da Congregação Rodeph Shalom da Filadélfia.
Em 1 de março de 1881, o czar Alexandre II da Rússia foi assassinado e um pogrom começou contra os judeus, fazendo com que mais de 2 milhões fugissem para os EUA.
Em 1916, a população dos Estados Unidos era 100 milhões, dos quais 3 milhões eram judeus.
Durante a 1ª Guerra Mundial, o presidente Woodrow Wilson escreveu: “Enquanto que em países em guerra há 9 milhões de judeus, a maioria dos quais estão destituídos de comida, abrigo e roupas; expulsos de suas casas sem aviso… provocando fome, doença e sofrimento imensurável… o povo dos Estados Unidos ficou sabendo, com tristeza, dessa horrível situação… Proclamo 27 de janeiro de 1916 como dia para fazer contribuições, mediante a Cruz Vermelha Americana, para a assistência dos judeus assolados.”
Traduzido por Julio Severo do artigo do WorldNetDaily: Jews prove critical to founding of America

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

COMUNIDADE DAS REPÚBLICAS INDEPENDENTES DO BRASIL

Republico aqui uma entrevista realizada por Celso Deucher no blog Diário Sul livre.
COMUNIDADE DAS REPÚBLICAS INDEPENDENTES DO BRASIL

Em livro “Comunidade das Repúblicas Independentes do Brasil – CORE”, editado pela PANNARTZ, do engenheiro paulista Braz Juliano vem agitando os meios culturais e políticos do País. Baseado em teoria científica e em dados que comprovam as suas teses, ele propõe nada menos que a divisão do Brasil em quatro nações independentes, formando o que ele chama de Comunidade de Repúblicas Independentes do Brasil, título de seu livro, ao qual acrescenta: ‘’Ensaio de Engenharia Política’’. Essa divisão, segundo ele, baseia-se em fatores econômicos, geográficos, biológicos, políticos e culturais. Abaixo publicamos uma breve entrevista com o autor.
DIÁRIO SUL LIVRE – O título de seu livro lembra a Comunidade Britânica de Nações e, mais recente, a CEI, – Comunidade de Estados Independentes. O que levou a propor esse assunto tão explosivo?
BRAZ JULIANO – Uma convicção lastreada em 40 anos de estudos muito sérios, dentro e fora do Brasil. Mas, também, a constatação de que o Sul do Brasil vem sendo odiosamente discriminado, particularmente São Paulo. Basta lembrar que a representação de São Paulo na câmara federal foi reduzida, apesar do que manda a constituição de 88. Agora, temos a estranha situação de um eleitor de Roraima (Estado com pouco mais de cem mil habitantes) vale tanto quanto trinta e três eleitores de São Paulo. Em outras palavras: o voto de um eleitor de meu estado vale apenas 1/33 do voto de um eleitor de Roraima. A Constituição garante que ‘’todos são iguais perante a lei’’ e que o ‘’voto terá o mesmo valor para todos’’. Não é assim que acontece.
DSL – A separação que o senhor propõe, então, visa ao benefício do Brasil?
BJ – sem dúvida. A CORE não vem só corrigir essa intolerável discriminação contra os Estados do Sul, mas ela se justifica pelos ensinamentos de renomados sociólogos, como Alberto Salles, Torres e Euclides da Cunha. Eu demonstro com apoio em fatos e em estudo profundo das civilizações antigas e novas que não se pode resolver os graves problemas regionais do Brasil, com seu imenso território, usando as mesmas soluções políticas para todos os Estado, tão diferentes entre si. Se não existe um tipo brasileiro, mas vários, numa unidade que se fragmenta em meios, costumes, populações e possibilidades de progressos tão diferentes, é inviável promulgar-se a mesma Constituição para regiões e indivíduos dispares. É exatamente por isso que o Brasil vive em permanente crise institucional. Veja o caso do salário mínimo, que abre frente de lutas diversas, pois será bem-vindo num Estado rico, mas será a desgraça dos Estados pobres, se não for regionalizado. Fatos como esse corriqueiro na vida política, prova que o Brasil já são vários brasis, separados por diferentes níveis de civilização e de progresso.
DSL – Pelo que o senhor disse, sua proposta já tem precendente no Brasil?
BJ – Sim, inspirei-me principalmente no livro ‘’A Pátria Paulista’’, de Alberto Salles, publicado em 1887. Ele era irmão de Campos Salles, que presidiu a República de 1898 a 1902. Alberto Salles foi um grande propagandista da República e do famoso PRP – Partido Republicano paulista. Seu livro consta de três partes: ‘’O Separatismo em Face da Ciência’’; e ‘’Confronto do Separatismo com a Nacionalidade’’. Mas eu tenho um presente para os meus leitores: como se trata de livro raro eu inclui como apêndice do meu. ‘’A Pátria Paulista’’ foi escrito há 105 anos, mas é de impressionante atualidade. Veja o que ele diz, em 18887: ’’Quem dá mais do que recebe, quem paga mais do que deve, é roubado. Eis as verdades que acharam moradia nos raciocínios do contribuinte paulista, após a publicação de dados oficiais concernentes à renda da Província. O comerciante diz hoje (em 1887, não confundir com 1992) o que não murmurava ontem: eu pago três vezes mais imposto do que deveria pagar. Se São Paulo fosse independente, eu deixaria fortuna e prepararia meus filhos contra a possibilidade de miséria. Que Estado rico e florescente não seria São Paulo, se em proveito fossem aplicados os dezessete mil contos que anualmente desaparecem na voragem imperial?’’ O excesso de impostos, graçando as indústrias paulistas, levando o cidadão comum à miséria, enquanto os escândalos se sucedem na Corte, isso é coisa que persiste até hoje…
DSL – O senhor diz em seu livro que o clima também é um fator que ajuda na sua separação dos Brasil em quatro países?
BJ – Sim, que o desenvolvimento humano tem íntima relação com o clima e eu provo, com a própria História, que as nações mais desenvolvidas sempre estiveram entre os 30 e os 60 graus de latitude norte e que nunca houve uma grande civilização nos trópicos. Nisso tem razão no determinismo geográfico de Friedrich Ratzel, geógrafo e sociólogo alemão, que afirma que o homem é integralmente produto do meio e que tudo lhe é determinado pelo clima. Isto não é difícil de comprovar: qualquer pessoa, de boa instrução, cosultando um mapa-múndi, descobrirá entre os 30 e 60 graus de latitude norte, longe do clima tropical, portanto, as grandes civilizações do passado e as do presente. Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Itália, Grã-bretanha e Canadá, os sete países mais ricos e desenvolvidos aí se encontram hoje.
DSL – Quais são estas quatro nações diferentes, mas federada na CORE – Comunidades das Repúblicas Independentes do Brasil, que o senhor proprõe e que estados fariam parte delas?
BJ – Será preciso que o leitor leia o meu livro, para conhecer as sólidas razões e argumentos científicos que me levam a essa proposta, que espero seja discutida em alto nível. As quatro Repúblicas Independentes seriam:
1ª – República do Brasil Norte: incluindo os atuais Estados do Acre, Amapá, Mato Grosso, amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins;
2ª – República do Brasil Nordeste: Incluindo Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe;
3ª – República do Brasil Sudeste: Incluindo Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro;
4ª – República do Brasil Sul: Incluindo Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, e São Paulo.