sábado, 29 de julho de 2017

Atitude é tudo


Luiz é o tipo de cara que você  gostaria de conhecer. Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo de positivo para dizer. 

Se alguém lhe perguntasse como ele estava, a  resposta seria logo: 
 "Ah.. Se melhorar, vira FESTA!". 

Ele era um gerente especial em um restaurante, pois  seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes. Ele era um motivador nato. Se um colaborador estava tendo um dia ruim, Luiz estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação. 

Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia  lhe perguntei: 
"Você não pode ser uma pessoa positiva todo o tempo. Como faz isso?" 
Ele me respondeu: 
"A cada manhã, ao acordar, digo para mim mesmo. Luiz, você tem duas escolhas hoje: Pode ficar de bom humor ou de mau humor. Eu escolho ficar de bom humor. Cada vez que algo ruim acontece, posso escolher bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido. Eu escolho aprender algo. Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar  a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida."

Certo, mas não é fácil - argumentei. 
É fácil sim, disse-me Luiz.
A vida é feita de escolhas. 
Quando você examina a fundo, toda situação sempre  oferece escolha. Você escolhe como reagir às situações. Você escolhe como as pessoas afetarão o seu  humor. É sua a escolha de como viver sua vida. 

Eu pensei sobre o que o Luiz disse e sempre lembrava  dele quando fazia  uma escolha.  

Anos mais tarde, soube que Luiz um dia cometera um  erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã. Foi rendido por assaltantes. Dominado, e enquanto tentava abrir o cofre, sua mão  tremendo pelo nervosismo, desfez a combinação do segredo. Os ladrões entraram em pânico e atiraram nele. Por sorte foi encontrado a tempo de ser socorrido e  levado para um hospital. Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de  tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo. 

Encontrei Luiz mais ou menos por acaso. Quando lhe perguntei como estava, respondeu: 
"Se melhorar, vira FESTA!". 

Contou-me o que havia acontecido perguntando: 
"Quer ver minhas cicatrizes"?  

Recusei ver seus ferimentos,  mas  perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do  assalto. A primeira coisa que pensei foi que deveria ter  trancado a porta de trás, respondeu. Então, deitado no chão, ensanguentado, lembrei  que tinha duas escolhas: 
"Poderia viver ou morrer". 
"Escolhi viver"!  

Você não estava com medo? Perguntei. 
"Os para-médicos foram ótimos. Eles me diziam que tudo ia dar certo e  que ia ficar bom. Mas quando entrei na sala de emergência e vi a  expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado". 

Em seus lábios eu lia: 
"Esse aí já era". 
Decidi então que tinha que fazer algo. 
O que fez ? Perguntei.  
Bem.. Havia uma enfermeira que fazia muitas  perguntas. Perguntou-me se eu era alérgico a alguma coisa. Eu respondi: "sim". 
Todos pararam para ouvir a minha resposta. Tomei fôlego e gritei; "Sou alérgico a balas"!  
Entre risadas lhes disse: 
"Eu estou escolhendo viver, operem-me como um  ser vivo, não como um morto". 

Luiz sobreviveu graças à persistência dos médicos...  mas sua atitude é que os fez agir dessa maneira. E com isso, aprendi que todos os dias, não importa  como eles sejam, temos sempre a opção de viver plenamente. 

Afinal de contas, "ATITUDE É TUDO". 

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