segunda-feira, 5 de março de 2012

Mau hálito pode ser uma coisa boa

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Pesquisadores japoneses estão provando que há um uso para cada pequena coisa neste mundo, mesmo que desagradável.

Cientistas descobriram que halitose – ou seja, o mau hálito – é uma incubadora ideal para cultivar células hepáticas do fígado.

As células-tronco da polpa dental humana se tornaram células do fígado a um ritmo surpreendente quando incubadas com o sulfeto de hidrogênio, o composto químico responsável pelo mau hálito.

A descoberta pode ter amplos impactos sobre doenças como Alzheimer e Parkinson.

Terapias com células-tronco tratam tecido danificado através da introdução de novas células, mas às vezes pode ser difícil criar novas células de forma segura e eficaz.

Os pesquisadores acreditam que o uso de células-tronco da polpa dentária pode eventualmente substituir os métodos existentes de produção de células-tronco, dois dos quais utilizam a medula óssea humana e soro fetal bovino como fonte de material.

Observar a capacidade de resistência dos dentes atormentados por cavidades fez os cientistas pensarem se não havia mais células-tronco na polpa dentária do que se pensava. Apesar de algum ceticismo por parte dos colegas, eles relatam que 60 a 80% de células pulpares são células-tronco.

Após esta descoberta, os pesquisadores testaram o impacto da halitose sobre o desenvolvimento das células estaminais em células hepáticas.

Depois de células estaminais serem colhidas a partir do centro de dentes humanos (não se preocupe – extrações de dentes eram parte de tratamentos dentários normais), as amostras foram divididas em grupos teste e de controle.
Usando uma bateria de testes, os cientistas foram capazes de mostrar que uma percentagem muito elevada das células estaminais incubadas num ambiente com sulfureto de hidrogênio tornaram-se células hepáticas com sucesso.

O teste final mostrou pureza elevada – poucas células se diferenciaram em diferentes tipos ou permaneceram como células estaminais. Células-tronco puras reduzem bastante a chance de teratomas ou câncer no paciente em relação às células-tronco originárias da medula óssea, tornando esta uma área promissora para pesquisas futuras.

Conclusão: mesmo o mau hálito pode ter um uso terapêutico.

Por Natasha Romanzoti


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