sábado, 18 de setembro de 2010

Estamos todos cegos

 4204064866_d62dcffd13_oEstação de metrô de Washington, DC em uma manhã fria de Janeiro de 2007. Um homem toca seis músicas de Bach durante 45 minutos. Nesse tempo, 2 mil pessoas passaram pela estação, sendo que a maioria estava em seu caminho para o trabalho.
Depois de 3 minutos, um homem de meia idade repara no músico tocando. Ele diminui o seu ritmo e para por uns segundos e depois sai correndo para atender seu compromisso.
4 minutos depois: violinista ganha seu primeiro dólar: uma mulher joga o dinheiro dentro chapéu sem parar e continua a caminhar.
6 minutos: ma jovem se inclina sobre a parede para ouví-lo, então olha para o seu relógio e começa a andar novamente.
10 minutos: um menino de 3 anos de idade para, mas sua mãe tira ele dalí com pressa. A criança para e olha para o violonista novamente, mas sua mãe o puxa com tanta força que a criança continua a caminhar, virando sua cabeça o tempo inteiro. Essa ação se repete diversas vezes com outras crianças. Todos os pais, sem exceção, forçam suas crianças para continuar caminhando.
45 minutos: O músico toca sem parar. Apenas 6 pessoas pararam e ouviram por um curto período de tempo. Cerca de 20 deixaram algum dinheiro e continuaram a caminhar em seu ritmo natual. O homem conseguiu juntar 32 dólares.
1 hora: Ele para de tocar e o silêncio toma conta do lugar. Ninguém percebe. Ninguém aplaude e não houve qualquer traço de reconhecimento.
Ninguém sabia disso, mas o violonista era Joshua Bell, um dos maiores músicos do mundo. Ele tocou uma das mais complexas músicas já escritas com um violino que custava 3,5 milhões de dólares. Dois dias antes, Joshua Bell esgotou o teatro de Boston onde a média do ingresso era de 100 dólares.
Essa é uma história verídica. Joshua Bell tocou disfarçado na estação de metrô para participar de um experimento social sobre percepção, gosto e prioridade das pessoas.
As perguntas levantadas foram:
  • Em um ambiente público e comum em uma hora inapropriada, nós percebemos a beleza?
  • Nós paramos para apreciá-la?
  • Nós reconhecemos talento em um contexto inesperado?

Uma possível conclusão sobre esse experimento é:
Se não temos tempo para parar e ouvir um dos melhores músicos do mundo, tocando uma das mais incríveis músicas já escritas com um dos mais lindos instrumentos já feitos...

O que mais estamos perdendo?

Fonte: http://muitolegalblog.blogspot.com/2009/12/estamos-todos-cegos.html#ixzz0aLpLuQJp


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